Linguagem e ideologia no jornalismo de revistas: Os discursos de Veja sobre as crises de 1999 e 2015

Autores

  • Mayara Luma Assmar Correia Maia Lobato Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2016.106961

Palavras-chave:

Comunicação, discurso, ideologia, revista Veja, jornalismo.

Resumo

Este artigo propõe uma análise dos discursos construídos pela revista Veja sobre as crises econômicas enfrentadas pelo Brasil. Para isso, foram selecionadas duas edições, de janeiro de 1999, início do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, e de março de 2015, primeiro ano da presidente Dilma Rousseff, também reeleita. Como aporte teórico, são utilizados autores vinculados aos estudos da linguagem, como Charaudeau, Bakhtin, Baccega, Lippmann e Lonardoni. Ao final, constatou-se que as estratégias discursivas adotadas descortinam os matizes ideológicos da publicação, estabelecidos por meio de um complexo contrato de comunicação com o leitor.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mayara Luma Assmar Correia Maia Lobato, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), Brasil.
    Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP). Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2012). Jornalista graduada pela Universidade da Amazônia (2009). Professora dos cursos de Comunicação Social do FIAM-FAAM - Centro Universitário (São Paulo), pertencente ao Complexo Educacional FMU-FIAM-FAAM. Autora do livro "Revistas femininas e espetáculo: Imagem, consumo e representação do universo feminino nos discursos de Nova e Vogue" (2014). Coautora dos livros "Comunicação em Cena" (2013), "Mídia e comunicação contemporânea: relatos e pesquisas" (2012) e "Processos e Produtos Midiáticos" (2010). Experiências profissionais nas áreas de jornalismo impresso (revistas), comunicação corporativa e assessoria de imprensa. Interesse pelas áreas de estudos editoriais e de gênero, teorias da comunicação, história da imprensa, imprensa feminina e estudos sobre espetáculo, pós-modernidade e socialidades contemporâneas.

Referências

ALCÂNTARA, E. O Brasil piscou. Veja, São Paulo, ed. 1581, ano 32, nº 3, jan. 1999.

BACCEGA, M. A. Palavra e discurso: história e literatura. São Paulo: Ática, 2007.

______. O estereótipo e as diversidades. Revista Comunicação & Educação. São Paulo. Nº 13, set./dez. 1998.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

BARROS, M.; PEREIRA, D. E o governo mal começou... Veja, São Paulo, ed. 2417, ano 48, nº 11, mar. 2015.

BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2007.

FILHO, E. Ele está abatido. Veja, São Paulo, ed. 1581, ano 32, nº 3, jan. 1999.

GUANDALINI, G. Como o Brasil foi pro buraco. Veja, São Paulo, ed. 2417, ano 48, nº 11, mar. 2015.

LIMA, S. L. L. Comunicação e época. São Paulo: Plêiade, 2014.

LIPPMANN, W. Estereótipos. In: STEINBERG, Charles (org.). Meios de Comunicação de Massa. São Paulo: Cultrix, 1996.

LONARDONI, M. O discurso da ascensão, auge e queda de Antonio Palocci, na ótica das capas de Veja. In: NAVARRO, Pedro (org.). Estudos do texto e do discurso: mapeando conceitos e métodos. São Carlos: Claraluz, 2006.

ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2003. 5ª ed.

SCHAFF, A. Linguagem, conhecimento e cultura. In: Linguagem e conhecimento. Coimbra: Almedina, 1971.

______. Lenguaje y acción humana. In: Ensayos sobre filosofía del lenguaje. Barcelona: Editorial Ariel, 1978.

Downloads

Publicado

2016-07-07

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Linguagem e ideologia no jornalismo de revistas: Os discursos de Veja sobre as crises de 1999 e 2015. RuMoRes, [S. l.], v. 10, n. 19, p. 262–279, 2016. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2016.106961. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/106961.. Acesso em: 17 abr. 2024.