Foto-ostentação: um novo paradigma fotográfico?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2018.136933Palavras-chave:
foto-ostentação, fotografia, cultura visual, midiatização do cotidianoResumo
Este exercício conceitual objetiva compreender os usos da fotografia nas dinâmicas da interação em rede. Para isso, traça um histórico da ostentação e apresenta considerações sobre o papel da imagem fotográfica na sociedade do hiperespetáculo. A hipótese levantada é a de que as reconfigurações da fotografia não se encaixam nos paradigmas preestabelecidos, o que torna necessário uma conceituação crítica para descrever o regime que se consolida, voltado à exposição do cotidiano em detrimento do valor de culto atribuído aos registros domésticos.
Downloads
Referências
BAITELLO JUNIOR, N. A era da iconofagia. São Paulo: Hacker Editores, 2005.
BAUDRILLARD, J. Simulacros e simulações. Lisboa: Relógio d’Água, 1991.
BOURDIEU, P. Un arte medio: ensayo sobre los usos sociales de la fotografía. Barcelona: Gustavo Gili, 2003.
BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, p. 179-212, 1987.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2002.
FABRIS, A. Identidades virtuais: uma leitura do retrato fotográfico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
FONTCUBERTA, J. A câmera de Pandora: a fotografia depois da fotografia. São Paulo: Gustavo Gili, 2012.
GUINN, J.; PERRY, D. The sixteenth minute: life in the aftermath of fame. Nova York: Tarcher, 2005.
KOSSOY, B. Fotografia & História. 4. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012.
______. Realidades e ficções na trama fotográfica. 4. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.
LIPOVETSKY, G. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
LIPOVETSKY, G.; SERROY, J. A cultura-mundo: resposta a uma sociedade desorientada. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
KEEN, A. Vertigem digital: porque as redes sociais estão nos dividindo, diminuindo e desorientando. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
MACHADO, J. A sociedade midíocre. Passagem ao hiperespetacular: o fim do direito autoral, do livro e da escrita. Porto Alegre: Sulina, 2013.
MEDEIROS, M. Fotografia e narcisismo: o auto-retrato contemporâneo. Lisboa: Assírio e Alvim, 2000.
OLIVEIRA, M. de; BONI, P. C. “Dos álbuns às redes virtuais: a midiatização da fotografia de família”. In: Tríade: comunicação, cultura e mídia. Sorocaba, v. 3, n. 5, 2015. Disponível em: http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php?journal=triade&page=article&op=view&path%5B%5D=2255&path%5B%5D=1944. Acesso em: 7 ago. 2017.
ROUILLÉ, A. Fotografia: entre documento e arte contemporânea. São Paulo: Editora Senac, 2009.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SIBILIA, P. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
SONTAG, S. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
VEBLEN, T. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro a total e irrestrita cessão de direitos autorais sobre o texto enviado para publicação na Rumores – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias. Entendo que o conteúdo do artigo é de minha inteira responsabilidade, inclusive cabendo a mim a apresentação de permissão para uso de imagens, ilustrações, tabelas, gráficos de terceiros que, porventura, venham a integrá-lo.