O papel das jornalistas negras na luta por reconhecimento e representatividade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2022.202037

Palavras-chave:

Jornalismo, Mídia e luta por reconhecimento, Alteridade e Representatividade, Racismo e Questões identitárias, Mídias Sociais

Resumo

O artigo discute o lugar da mulher negra no jornalismo, com base na presença digital das jornalistas negras Maria Júlia Coutinho, Aline Midlej e Joyce Ribeiro. Buscamos entender como o ativismo dessas profissionais no Instagram contribuiu para torná-las símbolo de representatividade e de luta, assim como delinear as dinâmicas de conflitos que a presença da mulher negra provoca nas diferentes esferas sociais e, sobretudo, no jornalismo. O referencial teórico contempla estudos nos campos da filosofia, com ênfase na teoria da luta por reconhecimento e alteridade, e do jornalismo, cruzando-os com a temática do racismo, da representatividade e questões identitárias. A pesquisa é guiada pela pergunta: como a atuação e o ativismo das três jornalistas podem culminar na luta por reconhecimento de meninas negras? Para isso, recorremos a dois procedimentos metodológicos: a revisão bibliográfica nos campos de estudo e a análise de conteúdo, de base quantitativa, de postagens e comentários no Instagram das jornalistas, entre 17 e 30 de abril de 2021.

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Biografia do Autor

  • Louis Edoa, Universidade Metodista de São Paulo

    Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), bolsista do CNPq. Membro dos Grupos de Pesquisa em Jornalismo Humanitário e Medias Interventions (Humanizacom) e Semio Humanitas da Umesp. Autor do livro-reportagem Dor no peito: o desastre da Vale em Brumadinho além do silêncio

  • Cilene Victor, Universidade Metodista de São Paulo

    Professora do Programa de Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), onde coordena o grupo de pesquisa Jornalismo Humanitário e Intervenções na Mídia. Professora da Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom) e da FGV LAW. Desenvolveu sua pesquisa de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Planejamento Territorial da Universidade Federal do ABC (UFABC). É doutora em Saúde Pública pela USP e mestre em Comunicação pela Umesp.

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Publicado

2022-12-30

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

O papel das jornalistas negras na luta por reconhecimento e representatividade. RuMoRes, [S. l.], v. 16, n. 32, p. 248–273, 2022. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2022.202037. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/202037.. Acesso em: 24 abr. 2024.