Entre páginas e telas: a transformação da crítica contemporânea de telenovela no Brasil

Autores

  • Mariana Marques de Lima Sem Registro de Afiliação

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.226080

Palavras-chave:

Crítica contemporânea, Críticos, Jornais impressos, Telenovela

Resumo

O artigo objetiva abordar como a crítica de telenovela se desenvolveu nos principais jornais impressos brasileiros, a partir da década de 1970, apresentando dois principais críticos: Helena da Silveira e Artur da Távola. A partir do mapeamento teórico acerca do que se entende por crítica no meio literário, abordamos a concepção atual de crítica de televisão e de telenovela e como, atualmente, ela tem sido realizada no país no âmbito digital. Apontamos que a transição da crítica entre o analógico (representado pelo jornalismo impresso) e o digital (com os sites de notícias) modificou a maneira como ela é efetuada. Concluímos que a crítica de telenovela contemporânea corresponde ao conjunto de análises sobre a trama, que é passível de alteração a cada episódio, e que, hoje, está em constante diálogo com seu público leitor/espectador.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mariana Marques de Lima, Sem Registro de Afiliação
    Jornalista. Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).  

Referências

ALMEIDA, M. R. TV Social: o telespectador como protagonista na televisão em múltiplas telas. São Paulo: Appris, 2020.

BARTHES, R. Crítica e verdade. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.

BENJAMIN, W. Linguagem, tradução, literatura (filosofia, teoria e crítica). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.

CANDIDO, A. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 3 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1973.

COSTA, C. A milésima segunda noite: da narrativa mítica à telenovela: análise estética e sociológica. São Paulo: Annablume, 2000.

COSTA, C. Como Helena Silveira vê TV. (1997). Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/a0a6237251f2e123389dd87d0e7b81d5.pdf Acesso 30 jan. 2024

COSTA, J. M. Sabático: um novo tempo para a leitura? (A retomada do Suplemento Literário no Estado de S. Paulo). 2012. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Divulgação Científica e Cultural) – Linguística, Letras e Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.

COELHO, M. Jornalismo e crítica. In: MARTINS, M. H. (org). Rumos da crítica. São Paulo: Senac/Itaú Cultural, 2000. p. 83-94.

DURÃO, F. A. O que é crítica literária? São Paulo: Nankin Editorial: Parábola Editorial, 2016.

FECHINE, Y. TV Social: contribuição para a delimitação do conceito. Contracampo, Niterói, v. 36, n. 01, p. 84-98, 2017.

FARO, J. S. Jornalismo e crítica da cultura: a urgência da nova identidade. Fronteiras, São Leopoldo, v. 14, n. 3, p. 92-198, 2012.

FRYE, N. Anatomia da Crítica. São Paulo: Editora Cultrix, 1957.

GIRON, L. A. Minoridade crítica: a ópera e o teatro nos Folhetins da Corte, 1826- 1861. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

LOPES, M. I. V. Telenovela como recurso comunicativo. Matrizes, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 21–47, 2009.

LOPES, M. I. V.; ABRÃO, M. A. Brasil: a complexidade da ficção televisiva brasileira: entre o nacional e o internacional. In: LOPES, M. I. V.; PIÑON, J.; BURNAY, C. D. As produtoras independentes e a internacionalização da produção de ficção televisiva na Iberoamérica – Anuário Obitel 2023. Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2023.Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://obitel.s3.us-west-1.amazonaws.com/anuario2023/sp/Obitel23_s_bra.pdf

HAMBURGUER, E. A ficção televisiva e as relações de gênero. In: MICELI, S.; PONTES, H (orgs.). Cultura e Sociedade: Brasil e Argentina. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.

MELO, J. M.; ASSIS, F. Gêneros e formatos jornalísticos: um modelo classificatório. Revista Intercom, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 39-56, 2016.

MAGNO, M. I. C. Quando o Brasil ficcional faz pensar o Brasil real. Como a crítica entra nessa história? Revista Observatório, Palmas, v. 3, n. 3, 2017.

NÉIA, L. M. Como a ficção Televisiva moldou um país: uma história cultural da telenovela brasileira (1963 a 2020). São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2023.

NUSSBAUM, E. I like to watch: arguing my way through the TV revolution. New York: Random House Trade, 2020.

PINHEIRO, M. M. L. A Crítica de Telenovela como Operação de Circulação de Sentidos. 2020. 332f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020.

SERELLE, M. Reconhecimento como categoria de crítica cultural. Estudos em Jornalismo e Mídia, Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 11-20, 2019.

SILVEIRA, H. Paisagem e memória. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra/Secretaria Municipal de Cultura, 1983.

TÁVOLA, A. Existe mesmo a crítica de TV? O Globo. Rio de Janeiro, 20 outubro 1976. Disponível em: https://www.tv-pesquisa.com.puc-rio.br/RecupDoc.asp?CodigoRegistro=41328

TORRES, E. C. Ler a televisão: o exercício da crítica contra lugares comuns. Lisboa: Oeiras Celta Editora, 1998.

TORRES, E. C. Crítica jornalística na era do receptor empoderado. Contemporânea – Revista de Comunicação e Cultura, v. 09, n. 01, 2011.

VERÓN, E. La semiosis social: fragmentos de una teoria de la discursividad. Buenos Aires: Gedisa, 1987.

Downloads

Publicado

2024-09-27

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

LIMA, Mariana Marques de. Entre páginas e telas: a transformação da crítica contemporânea de telenovela no Brasil. RuMoRes, [S. l.], v. 18, n. 35, p. 59–82, 2024. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.226080. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/226080.. Acesso em: 1 dez. 2024.