A memória da ditadura militar e seu uso como estratégia de marketing na sociedade do espetáculo

Autores

  • Claudio Novaes Pinto Coelho Faculdade Cásper Líbero

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2021.183483

Palavras-chave:

Memória, Ditadura militar, Sociedade brasileira, Mídia, Marketing

Resumo

O objetivo do artigo é desenvolver reflexões que possam colaborar para a compreensão de algumas especificidades da sociedade brasileira, no que diz respeito à memória de um período marcado pela repressão estatal, e como se dá a atuação da mídia dentro desse processo. Em especial, pretende-se refletir, mediante uma abordagem histórica, sobre uma situação contemporânea, que é a utilização da memória da ditadura militar como estratégia de marketing pelo jornal Folha de S.Paulo. A base para o desenvolvimento do artigo sobre a questão da memória no período da ditadura é um diálogo com os textos de Huyssen e Sarlo. A respeito da sociedade brasileira, particularmente sobre as características da transição da ditadura militar para a “Nova República”, a principal referência é Florestan Fernandes e autores que dialogam com a sua concepção.

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Biografia do Autor

  • Claudio Novaes Pinto Coelho, Faculdade Cásper Líbero

    Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP. Tem pós-doutorado em Ciências Sociais pela PUCSP. Docente do PPGCOM da Faculdade Cásper Líbero.

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Publicado

2021-08-02

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

A memória da ditadura militar e seu uso como estratégia de marketing na sociedade do espetáculo. RuMoRes, [S. l.], v. 15, n. 29, p. 38–58, 2021. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2021.183483. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/183483.. Acesso em: 16 abr. 2024.