Estudo descritivo sobre a importância da avaliação funcional como procedimento prévio no controle fisiológico do treinamento físico de futebolistas realizado em pré-temporada

Autores

  • Alberto Azevedo Alves Teixeira Associação Portuguesa de Desportos
  • Paulo Roberto Santos Silva Associação Portuguesa de Desportos
  • Luís Antonio Inarra Associação Portuguesa de Desportos
  • José Roberto Rivelino Vidal Associação Portuguesa de Desportos
  • Cláudio Lépera Associação Portuguesa de Desportos
  • Gilberto Silva Machado Associação Portuguesa de Desportos
  • Luciana Collet Winther Rebello Associação Portuguesa de Desportos
  • Luís Carlos Prima Associação Portuguesa de Desportos
  • Mário Jorge Lobo Zagallo Associação Portuguesa de Desportos
  • Jorge Mendes de Sousa Associação Portuguesa de Desportos

Palavras-chave:

Avaliação Fisiológica, Treinamento físico, Jogadores de Futebol, Medicina Esportiva

Resumo

O principal objetivo deste estudo foi mostrar a importância da avaliação funcional como procedimento utilizado no controle fisiológico do treinamento físico de futebolistas profissionais em pré-temporada. Foram avaliados e posteriormente concentrados na cidade de Águas de Lindóia, Estado de São Paulo, por 16 dias, 23 jogadores pertencentes ao Departamento de Futebol Profissional da Associação Portuguesa de Desportos, em preparação para o Campeonato Paulista, edição 1999. Todos foram submetidos a uma bateria de testes que constou de avaliação cardiorrespiratória e metabólica, odontológica, isocinética de membros inferiores, porcentagem de gordura corpórea, da potência anaeróbia pelo teste de Wingate e testes de campo. Os seguintes resultados e os parâmetros avaliados foram: no limiar ventilatório 2 (LV 2): VO2 = 49,09 ± 4,83 mL.kg-1.min-1; %VO2 = 82,7 ± 5,8; velocidade de corrida = 12,8 ± 0,9 km.h-1; FC = 174 ± 9 bpm; no exercício máximo: VE BTPS = 137,3 ± 11,3 L.min-1; velocidade de corrida = 17,6 ± 0,7 km.h-1; FC = (191 ± 8 bpm); VO2pico = 59,28 ± 3,52 mL.kg-1.min-1; Lactato = 10,5 ± 1,5 mM. Teste de Wingate: potência pico = 13,5 ± 1,1 w.kg-1; potência média = 10,1 ± 0,6 w.kg-1; índice de fadiga = 53,0 ± 7,7 %. Teste Isocinético: velocidade angular da articulação do joelho da perna direita na extensão e flexão a 60°S-1 = 298 ± 72 e 198 ± 44 Nm, respectivamente; a 300°S-1 extensão e flexão = 137 ± 32 e 121 ± 26 Nm, respectivamente. Velocidade angular da articulação do joelho da perna esquerda na extensão e flexão a 60°S-1 = 272 ± 62 e 185 ± 45 Nm, respectivamente; a 300°S-1 extensão e flexão = 138 ± 28 e 122 ± 27 Nm, respectivamente. A intensidade dos treinamentos aeróbio e anaeróbio foi controlada em campo por medidas de lactato, utilizando-se lactômetro portátil. O treinamento de musculação foi realizado a 60% da carga máxima para cada exercício. Os exercícios de alongamento e na piscina (hidroginástica) foram exaustivamente realizados pelos jogadores. Em média, cada sessão (manhã e tarde) durou 120 minutos. Portanto, pelo pouco tempo destinado a essa fase de preparação, a importância da avaliação funcional multidisciplinar, justifica-se ainda mais, pois, a partir dos resultados, é possível detectar e corrigir possíveis deficiências, direcionando com objetividade o treinamento dos futebolistas.

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Referências

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Publicado

1999-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Teixeira AAA, Silva PRS, Inarra LA, Vidal JRR, Lépera C, Machado GS, et al. Estudo descritivo sobre a importância da avaliação funcional como procedimento prévio no controle fisiológico do treinamento físico de futebolistas realizado em pré-temporada. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 1999 [citado 4º de maio de 2024];6(2):70-7. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102245