Perfil clínico e demográfico dos pacientes com dor músculo-esquelética crônica acompanhados nos três níveis de atendimento de saúde de Sorocaba

Autores

  • José Eduardo Martinez Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Ana Carolina Macedo Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Daniel Faria de Campos Pinheiro Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Fernando Correa Novato Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Caio Marcelo Jorge Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Danielle Trevisani Teixeira Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v11i2a102479

Palavras-chave:

Características Clínicas, Sistema de Saúde/normas, Dor Crônica

Resumo

O objetivo desse estudo é determinar o perfil demográfico e clínico dos pacientes dor crônica.  Avaliou-se 150 pessoas no Centro de Saúde Escola (CSE) (50), na Policlínica Municipal de Sorocaba (50) e no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) (50). Observou-se forte predominância do sexo feminino nas três unidades avaliadas (CSE - 74%; POLICLÍNICA - 66%; CHS - 80%). Em relação a idade houve um predomínio da faixa acima dos 60 anos no CSE (50%) e da faixa entre 41 e 60 anos na Policlínica (52%) e CHS (50%). Quanto à distribuição articular, houve um predomínio da dor oligoarticular no CSE (60%) e de distribuição poliarticular no CHS (60%). Na Policlínica a maioria das queixas se concentrou na coluna vertebral (52%), No CSE (40%) um maior número de pacientes referiu desconhecer um diagnóstico estabelecido em relação aos pacientes da Policlínica (20%) e do CHS (16%).Observa-se, maior continuidade no tratamento no CHS em relação ao CSE e Policlínica. No CSE 28% dos pacientes referiam manter tratamento contínuo em comparação com 74% na POLICLÍNICA e 92% no CHS. Nas agudizações, os pacientes do CSE tomam remédio por conta própria em sua maioria, enquanto que grande parte dos pacientes da Policlínica e do CHS tomam remédio conforme orientação médica. Concluí - se que as unidades secundárias e terciárias de atendimento público a saúde estão aptas a atender casos de maior complexidade e, portanto, em número insuficiente para atender a demanda.

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Publicado

2004-08-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Martinez JE, Macedo AC, Pinheiro DF de C, Novato FC, Jorge CM, Teixeira DT. Perfil clínico e demográfico dos pacientes com dor músculo-esquelética crônica acompanhados nos três níveis de atendimento de saúde de Sorocaba. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de agosto de 2004 [citado 26º de abril de 2024];11(2):67-71. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102479