A influência da terapia por exercício com espelho nas limitações funcionais dos pacientes hemiparéticos: uma revisão sistemática

Autores

  • Lívia Portugal da Conceição Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Priscila de Souza Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Leyne de Andrade Cardoso Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20120008

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Destreza Motora, Reabilitação, Terapia por Exercício

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a influência da terapia por exercício com espelho (TEE) nos déficits sensoriais e motores dos pacientes hemiparéticos acometidos por Acidente Cerebrovascular (ACV), através de revisão sistemática. Método: Foi realizada a revisão nas bases de dados LILACS, MEDLINE, SciELO e PubMed, referente aos últimos 12 anos. A qualificação dos artigos foi feita através da plataforma PEDro. Resultados: Foram incluídos no trabalho cinco artigos em que todos eram ensaios clínicos, randomizado e controlado, que utilizaram a TEE no tratamento de pacientes hemiparéticos. A pontuação dos estudos variou de 4 a 7 pela escala PEDro, com uma nota média de 6,2. Discussão: Alguns estudos mostraram que a TEE é benéfica para aumentar a destreza, amplitude e velocidade do movimento, e outros evidenciaram que há uma maior função e recuperação motora nos pacientes tratados com a TEE.  Conclusão: A TEE é benéfica para a recuperação motora, função sensório-motora e para a diminuição da dor. Indivíduos acometidos por ACV necessitam de fisioterapia e, claro, a quantidade de terapia pode influenciar no aprendizado motor, bem como a plasticidade neural. Sabemos a importância da estimulação de forma intensiva para aumentar a capacidade adaptativa do Sistema Nervoso Central em resposta a experiências, adaptações e condições diversas a estímulos repetidos. Dessa forma, se faz necessária a realização de novos protocolos de atendimento com diferentes frequências para evidenciar futuros resultados com a realidade em centros de reabilitação. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

World Health Organization. The top 10 causes of death [text on the Internet]. Geneva: WHO [cited 2011 June 28]. Available from:http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs310/en/index.html

Foulkes MA, Wolf PA, Price TR, Mohr JP, Hier DB. The Stroke Data Bank: design, methods, and baseline characteristics. Stroke. 1988;19(5):547-54.

Stokes M. Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier; 2000.

Faria-Fortini I, Michaelsen SM, Cassiano JG, Teixeira-Salmela LF. Upper extremity function in stroke subjects: relationships between the international classification of functioning, disability, and health domains. J Hand Ther. 2011;24(3):257-64.

Goulding R, Thompson D, Beech C. Caring for patients with hemiplegia in an arm following a stroke. Br J Nurs. 2004;13(9):534-9.

Ovando AC, Michaelsen SM, Dias JA, Herber V. Treinamento de marcha, cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos. Fisioter Mov. 2010;23(2):253-69.

Feigenson JS, McDowell FH, Meese P, McCarthy ML, Greenberg SD. Factors influencing outcome and length of stay in a stroke rehabilitation unit. Part 1. Analysis of 248 unscreened patients-medical and functional prognostic indicators. Stroke. 1977;8(6):651-6.

Nair RD, Lincoln NB. Cognitive rehabilitation for memory deficits following stroke. Cochrane Database Syst Rev. 2007;(3):CD002293.

O'Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5 ed. São Paulo: Manole; 2010.

Oliveira FF, Damasceno BP. Global aphasia as a predictor of mortality in the acute phase of a first stroke. Arq Neuropsiquiatr. 2011;69(2B):277-82.

O'Dell MW, Lin CC, Harrison V. Stroke rehabilitation: strategies to enhance motor recovery. Annu Rev Med. 2009;60:55-68.

Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Pinto PPN, Battistella LR. Validação da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiátr. 2004;11(2):72-6. DOI: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20040003

Chae J, Sheffler L, Knutson J. Neuromuscular electrical stimulation for motor restoration in hemiplegia. Top Stroke Rehabil. 2008;15(5):412-26.

Teixeira-Salmela LF, Silva PC, Lima RCM, Augusto ACC, Souza AC, Goulart F. Exercise machines and aerobic conditioning on functional performance of chronic stroke survivors. Acta Fisiátr. 2003;10(2):54-60. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v10i2a102441

Luke C, Dodd KJ, Brock K. Outcomes of the Bobath concept on upper limb recovery following stroke. Clin Rehabil. 2004;18(8):888-98.

Schaechter JD, Kraft E, Hilliard TS, Dijkhuizen RM, Benner T, Finklestein SP, et al. Motor recovery and cortical reorganization after constraint-induced movement therapy in stroke patients: a preliminary study. Neurorehabil Neural Repair. 2002;16(4):326-38.

Dickstein R, Hocherman S, Pillar T, Shaham R. Stroke rehabilitation. Three exercise therapy approaches. Phys Ther. 1986;66(8):1233-8.

Ramachandran VS, Rogers-Ramachandran D, Cobb S. Touching the phantom limb. Nature. 1995;377(6549):489-90.

Sathian K, Greenspan AI, Wolf SL. Doing it with mirrors: a case study of a novel approach to neurorehabilitation. Neurorehabil Neural Repair. 2000;14(1):73-6.

The physiotherapy evidence database (PEDro) [data-base on the Internet]. Sydney: University of Sydney, School of Physiotherapy; c2011 [cited 2011 Jul 01]. Available from: http://www.pedro.org.au/

Akobeng AK. Understanding randomised controlled trials. Arch Dis Child. 2005;90(8):840-4.

Altschuler EL, Hu J. Mirror therapy in a patient with a fractured wrist and no active wrist extension. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg. 2008;42(2):110-1.

Dohle C, Püllen J, Nakaten A, Küst J, Rietz C, Karbe H. Mirror therapy promotes recovery from severe hemiparesis: a randomized controlled trial. Neurorehabil Neural Repair. 2009;23(3):209-17.

Cacchio A, De Blasis E, De Blasis V, Santilli V, Spacca G. Mirror therapy in complex regional pain syndrome type 1 of the upper limb in stroke patients. Neurorehabil Neural Repair. 2009;23(8):792-9.

Sütbeyaz S, Yavuzer G, Sezer N, Koseoglu BF. Mirror therapy enhances lower-extremity motor recovery and motor functioning after stroke: a randomized controlled trial. Arch Phys Med Rehabil. 2007;88(5):555-9.

Yavuzer G, Selles R, Sezer N, Sütbeyaz S, Bussmann JB, Köseoğlu F, et al. Mirror therapy improves hand function in subacute stroke: a randomized controlled trial. Arch Phys Med Rehabil. 2008;89(3):393-8.

Publicado

2012-03-09

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

1.
Conceição LP da, Souza P de, Cardoso L de A. A influência da terapia por exercício com espelho nas limitações funcionais dos pacientes hemiparéticos: uma revisão sistemática. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2012 [citado 19º de abril de 2024];19(1):37-41. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103679