Práticas de autocuidado para funcionamento intestinal em um grupo de pacientes com trauma raquimedular

Autores

  • Laura Terenciani Campoy Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Soraia Assad Nasbine Rabeh Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Paula Cristina Nogueira Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Patrícia Carla Vianna Rede de Reabilitação Lucy Montoro. Unidade de Ribeirão Preto
  • Margareth Yuri Miyazaki Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20120036

Palavras-chave:

Atividades Cotidianas, Intestino Neurogênico, Traumatismos da Medula Espinal, Reabilitação.

Resumo

Estudo descritivo exploratório. Objetivo: Caracterizar os indivíduos com trauma raquimedular (TRM) atendidos em um centro de reabilitação de um hospital terciário do interior do estado de São Paulo e identificar as suas práticas de autocuidado intestinal. Método: Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e o consentimento dos participantes, os dados foram coletados por meio de análise do prontuário e entrevista. Dos 30 indivíduos entrevistados, houve predomínio do sexo masculino, estado civil solteiro, ensino médio completo, com idade média de 35 anos. Resultados: A principal causa do TRM foi acidente automotor com prevalência de lesão completa em nível cervical. As práticas de autocuidado mais referidas foram o controle nutricional seguido da massagem abdominal. Quanto às complicações intestinais relatadas, houve predomínio de impactação fecal seguida por incontinência fecal. Conclusão: Programa de reabilitação intestinal deve ser instituído para indivíduos com TRM o mais precoce possível de modo a minimizar complicações.

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Publicado

2012-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Campoy LT, Rabeh SAN, Nogueira PC, Vianna PC, Miyazaki MY. Práticas de autocuidado para funcionamento intestinal em um grupo de pacientes com trauma raquimedular. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2012 [citado 18º de abril de 2024];19(4):228-32. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103724