Prevalência da disfunção miofascial em indivíduos com dor lombar

Autores

  • Daniel Martins Coelho Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Rafael Inacio Barbosa Universidade Federal de Santa Catarina
  • Ana Maria Pavan Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Anamaria Siriani de Oliveira Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Debora Bevilaqua-Grossi Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Helton Luiz Aparecido Defino Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20140016

Palavras-chave:

Síndromes da Dor Miofascial, Dor Lombar, Prevalência

Resumo

Objetivo: Examinar a prevalência da disfunção miofascial em indivíduos com dor lombar e quantificar limiar de dor destes através do algômetro. Método: Foram avaliados 70 indivíduos com idade média de 48 (± 11,76) com história de dor lombar crônica, sendo investigada a presença de pontos-gatilho nos músculos: quadrado lombar, iliopsoas, glúteos máximo, médio e mínimo, e piriforme. A prevalência foi determinada pela porcentagem de indivíduos com pontos gatilhos presentes e o limiar de dor foi determinado pela média de três avaliações de pressão de cada ponto-gatilho. Resultados: Demonstraram que 90% dos indivíduos apresentaram disfunção miofascial, dentre eles, 76% no músculo quadrado lombar, 69% no glúteo médio, 56% no piriforme, 40% no glúteo mínimo, 31% no íliopsoas e 29% no glúteo máximo. O limiar de dor por pressão dos músculos quadrado lombar foi de 1,71 Kg/cm2, de 2,39 Kg/cm2 para o glúteo médio, de 2,34 Kg/cm2 para o piriforme, de 2,58 Kg/cm2 para o glúteo mínimo, de 2,11 Kg/cm2 para o iliopsoas e de 2,19 Kg/cm2 para o glúteo máximo. Conclusão: Na amostra analisada, os dados deste estudo demonstram a grande prevalência desta disfunção e sugere que a mesma merece atenção específica no tratamento da lombalgia em indivíduos com dor crônica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Dunn KM, Croft PR. Epidemiology and natural history of low back pain. Eura Medicophys. 2004;40(1):9-13.

Atlas SJ, Nardin RA. Evaluation and treatment of low back pain: an evidence-based approach to clinical care. Muscle Nerve. 2003;27(3):265-84. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/mus.10311

Ekman M, Jönhagen S, Hunsche E, Jönsson L. Burden of illness of chronic low back pain in Sweden: a cross-sectional, retrospective study in primary care setting. Spine (Phila Pa 1976). 2005;30(15):1777-85. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/01.brs.0000171911.99348.90

Travell JG, Simons DG. Dor e disfunção miofascial: manual dos pontos-gatilho. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins; 2006. [Volume 1].

Yap EC. Myofascial pain: an overview. Ann Acad Med Singapore. 2007;36(1):43-8.

Iguti AM, Hoehne EL. Lombalgias e trabalho. Rev Bras Saúde Ocup.2003;28(107-108):73-89. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0303-76572003000200007

Bron C, Franssen J, Wensing M, Oostendorp RA. Interrater reliability of palpation of myofascial trigger points in three shoulder muscles. J Man Manip Ther. 2007;15(4):203-15. DOI: http://dx.doi.org/10.1179/106698107790819477

Fischer A. Functional diagnosis of musculoskeletal pain and evaluation of treatment results by quantitative and objective techniques. In: Rachlin E, ed. Myofascial pain and fibromyalgia. 2 ed. Mosby: St Louis; 2002. p.145-73.

Fernández-de-las-Peñas C, Madeleine P, Caminero AB, Cuadrado ML, Arendt-Nielsen L, Pareja JA. Generalized neck-shoulder hyperalgesia in chronic tension-type headache and unilateral migraine assessed by pressure pain sensitivity topographical maps of the trapezius muscle. Cephalalgia. 2010;30(1):77-86.

Farasyn AD, Meeusen R, Nijs J. Validity of cross-friction algometry procedure in referred muscle pain syndromes: preliminary results of a new referred pain provocation technique with the aid of a Fischer pressure algometer in patients with nonspecific low back pain. Clin J Pain. 2008;24(5):456-62. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/AJP.0b013e3181643403

Travell JG, Simons DG. Dor e disfunção miofascial: manual dos pontos-gatilho. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins; 2006. [Volume 2].

Nie H, Kawczynski A, Madeleine P, Arendt-Nielsen L. Delayed onset muscle soreness in neck/shoulder muscles. Eur J Pain. 2005;9(6):653-60. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.ejpain.2004.12.009

Hsieh CY, Hong CZ, Adams AH, Platt KJ, Danielson CD, Hoehler FK, et al. Interexaminer reliability of the palpation of trigger points in the trunk and lower limb muscles. Arch Phys Med Rehabil. 2000;81(3):258-64. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S0003-9993(00)90068-6

Chen CK, Nizar AJ. Myofascial pain syndrome in chronic back pain patients. Korean J Pain. 2011;24(2):100-4. DOI: http://dx.doi.org/10.3344/kjp.2011.24.2.100

Basford JR, An KN. New techniques for the quantification of fibromyalgia and myofascial pain. Curr Pain Headache Rep. 2009;13(5):376-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s11916-009-0061-6

Lavelle ED, Lavelle W, Smith HS. Myofascial trigger points. Med Clin North Am. 2007;91(2):229-39. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.mcna.2006.12.004

Publicado

2014-06-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Coelho DM, Barbosa RI, Pavan AM, Oliveira AS de, Bevilaqua-Grossi D, Defino HLA. Prevalência da disfunção miofascial em indivíduos com dor lombar. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de junho de 2014 [citado 16º de abril de 2024];21(2):71-4. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103835