Análise comparativa da flexibilidade de mulheres idosas ativas e não ativas

Autores

  • Thiago Barbosa Zambon Universidade Metodista de Piracicaba
  • Pamela Roberta Gomes Gonelli Universidade Metodista de Piracicaba
  • Rodrigo Detone Gonçalves
  • Bruno Luis Amoroso Borges Universidade Metodista de Piracicaba
  • Maria Imaculada de Lima Montebelo Universidade Metodista de Piracicaba
  • Marcelo de Castro Cesar Universidade Metodista de Piracicaba

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20150004

Palavras-chave:

Educação Física e Treinamento, Maleabilidade, Idoso, Mulheres

Resumo

Com o envelhecimento ocorre um declínio na aptidão física, uma variável muito atingida é a flexibilidade, e a prática de exercícios físicos pelos idosos é um importante fator para a manutenção da saúde e aptidão física no decorrer do processo de envelhecimento. Objetivo: Comparar a flexibilidade de mulheres idosas praticantes hidroginástica, treinamento combinado e não ativas. Participaram 60 voluntárias, idade entre 60 e 80 anos, agrupadas em: ativas praticantes de hidroginástica (G1) 20 voluntárias; ativas praticantes de treinamento combinado (G2) 20 voluntárias; não ativas (G3) 20 voluntárias. Métodos: As voluntárias foram submetidas à avaliação antropométrica com medidas de massa corporal, estatura e circunferência da cintura e da flexibilidade com medidas da distância alcançada no teste de sentar e alcançar e da amplitude da flexão e extensão do quadril através do goniômetro. Foram verificados os pressupostos de normalidade por meio do teste de Shapiro-Wilk, para a comparação entre os grupos (G1, G2, G3) foram realizados o teste Anova one way, seguido do post hoc de Tukey para os dados com distribuição paramétrica, e o teste de Friedman para amostras com distribuição não paramétrica. Aplicou-se o nível de significância de p < 0,05. Resultados: Nas variáveis antropométricas não foram encontradas diferenças significativas entre grupos. Na flexibilidade, foi encontrada diferença significativa na flexão e na extensão de quadril, os grupos G1 e G2 apresentaram maiores valores que o G3, não houve diferença significativa entre G1 e G2, não existindo outras diferenças significativas entre os grupos. Conclusão: Os resultados sugerem que os treinamentos de hidroginástica e combinado proporcionaram melhora na flexão e extensão do quadril das mulheres idosas, sem influência nas outras variáveis estudadas.

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Publicado

2015-03-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Zambon TB, Gonelli PRG, Gonçalves RD, Borges BLA, Montebelo MI de L, Cesar M de C. Análise comparativa da flexibilidade de mulheres idosas ativas e não ativas. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2015 [citado 20º de abril de 2024];22(1):14-8. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103895