Efeito do treino de isostretching na flexibilidade e na força muscular

Autores

  • Maria Silvia Pardo
  • Ana Angélica Ribeiro de Lima Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Laboratório de Fisioterapia e Comportamento
  • Mariene Scaranello Simões Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Laboratório de Fisioterapia e Comportamento
  • Priscila Santos Albuquerque Goya Instituto de Medicina Física e Reabilitação - Rede Lucy Montoro
  • Mariana Calil Voos Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Laboratório de Fisioterapia e Comportamento
  • Fátima Aparecida Caromano Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Laboratório de Fisioterapia e Comportamento

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20150015

Palavras-chave:

Força Muscular, Exercícios de Alongamento Muscular, Postura, Fisioterapia

Resumo

Objetivo: Avaliar efeitos do treino de exercícios de isostreching na flexibilidade e força muscular. Método: Trinta e um indivíduos saudáveis (27 mulheres), de 18 a 28 anos, divididos em 2 grupos: Grupo A, isostretching, submeteu-se a programa de exercícios baseados na técnica isostretching e Grupo B, padrão, submeteu-se aos mesmos exercícios utilizando princípios técnicos clássicos do alongamento, por 12 semanas, duas vezes por semana, uma hora por sessão. Foram avaliadas no pré e pós-teste, flexibilidade por meio de fotogrametria pesquisando a distância punho-chão e a classificação da postura segundo categorias de encurtamentos musculares descritas por Kendall e, força muscular por meio de dinamometria. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante no teste de flexibilidade nos dois grupos. Análise de significância clínica e melhora pelo Índice de Mudança Confiável (IMC) mostrou ganho na flexibilidade atingindo 14 participantes de ambos os grupos. Análise de contorno do corpo do grupo A apresentou atenuações nas curvaturas da coluna cervical, lombar e torácica e ângulo de flexão de quadril. O grupo B apresentou atenuações na curvatura da coluna cervical e ângulo de flexão de quadril. Em relação à força muscular, o grupo A apresentou diferença estatisticamente significante em alguns grupos musculares específicos, porém sem significância clínica. Conclusão: As duas intervenções afetam a flexibilidade de forma estatisticamente semelhante, porém com impacto diferente nas curvaturas da coluna. O isostretching afetou clinicamente a flexibilidade de indivíduos saudáveis, com indícios de que treinamentos mais intensos ou longos possam afetar a força muscular

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Publicado

2015-06-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Pardo MS, Lima AAR de, Simões MS, Goya PSA, Voos MC, Caromano FA. Efeito do treino de isostretching na flexibilidade e na força muscular. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de junho de 2015 [citado 25º de abril de 2024];22(2):72-6. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/114504