Tradução e adaptação cultural da Neurological Impairment Scale (NIS) para a população brasileira

Autores

  • Mayara Silva Pereira Centro Universitário Estácio de Sergipe
  • Paula Michele Santos Leite Centro Universitário Estácio de Sergipe
  • Thiago Santos Sousa Abner Centro Universitário Estácio de Sergipe
  • Isabela Freire Azevedo-Santos Centro Universitário Estácio de Sergipe https://orcid.org/0000-0001-8836-8640

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v26i2a166122

Palavras-chave:

Doenças do Sistema Nervoso, Estudos de Avaliação, Estudos de Validação

Resumo

As doenças neurológicas compreendem as afecções do sistema nervoso central (SNC) e/ou do sistema nervoso periférico (SNP) e afetam 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e é previsto um grande número de novos casos para os próximos 30 anos. Estas doenças ocasionam perda funcional e consequente desenvolvimento de incapacidades, e por isto necessitam ser avaliadas minuciosamente. A Neurological Impairment Scale (NIS) engloba itens considerados essenciais para a avaliação funcional (incorporados da escala MIF e MAF) e ao mesmo tempo codifica as disfunções com base na CIF.  Objetivo: Traduzir e adaptar culturalmente a versão brasileira da Neurological Impairment Scale (NIS) em pacientes com doença neurológica aguda. Método: O método de pesquisa desenvolvido foi dividido em 4 etapas: autorização, tradução, síntese, retrotradução, revisão de especialistas e pré-teste. No pré-teste, a Escala de Disfunção Neurológica (EDN) e a MIF foram aplicadas em 10 pacientes com doença neurológica internados em uma enfermaria hospitalar. Foram analisadas a confiabilidade e validade deste instrumento. Resultados: Foi evidenciada a validade de conteúdo, construto e de critério concorrente, além de alta consistência interna (confiabilidade) da EDN, quando aplicada na amostra de pacientes neurológicos na fase aguda. Não foi possível evidenciar no presente estudo a validade preditiva do instrumento. Conclusão: A Escala de Disfunção Neurológica foi considerada um instrumento válido, confiável e adaptado culturalmente para a população brasileira. Estima-se a realização de novos estudos utilizando esta escala com o intuito de difundir e consolidar o seu uso por profissionais de saúde no Brasil.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Quintana JM, Ferreira EZ, Santos SSC, Pelzer MT, Lopes MJ, Barros EJL. A utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde no cuidado aos idosos. Rev Enfer Ref. 2014(1):145-52. Doi: http://dx.doi.org/10.12707/RIII12151

Kostanjsek N. Use of The International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) as a conceptual framework and common language for disability statistics and health information systems. BMC Public Health. 2011;11 Suppl 4(Suppl 4):S3. Doi: http://dx.doi.org/10.1186/1471-2458-11-S4-S3

Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SS, Sakamoto H, Pinto PPN, Battistella LR. Validação da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiatr. 2004;11(2):72-6. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20040003

Jorge LL, Marchi FH, Hara AC, Battistella LR. Brazilian version of the Functional Assessment Measure: cross-cultural adaptation and reliability evaluation. Int J Rehabil Res. 2011;34(1):89-91. Doi: http://dx.doi.org/10.1097/MRR.0b013e32833ba55f

Brott T, Adams HP Jr, Olinger CP, Marler JR, Barsan WG, Biller J, et al. Measurements of acute cerebral infarction: a clinical examination scale. Stroke. 1989;20(7):864-70. Doi: http://dx.doi.org/10.1161/01.str.20.7.864

Maynard FM Jr, Bracken MB, Creasey G, Ditunno JF Jr, Donovan WH, Ducker TB, et al. International Standards for Neurological and Functional Classification of Spinal Cord Injury. American Spinal Injury Association. Spinal Cord. 1997;35(5):266-74. Doi: http://dx.doi.org/10.1038/sj.sc.3100432

Turner-Stokes L, Thu A, Williams H, Casey R, Rose H, Siegert RJ. The Neurological Impairment Scale: reliability and validity as a predictor of functional outcome in neurorehabilitation. Disabil Rehabil. 2014;36(1):23-31. Doi: http://dx.doi.org/10.3109/09638288.2013.775360

Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91. Doi: http://dx.doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014

Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed; 2010.

Oriá MOB. Tradução, adaptação e validação da Breastfeeding Self-Efficacy Scale: aplicação em gestantes [Tese]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; 2008.

Pasquali L. Psicometria. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(Esp):992-9. DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-62342009000500002

Seedat F, James MK, Rose MR. Activity rating scales in adult muscle disease: how well do they actually measure? Muscle Nerve. 2014;50(1):24-33. Doi: http://dx.doi.org/10.1002/mus.24090

Luvizutto GJ, Gabriel MG, Braga GP, Fernandes TD, Resende LA, Pontes Neto OM, et al. Aspects correlates with Scandinavian Stroke Scale for predicting early neurological impairment. Arq Neuropsiquiatr. 2015;73(5):450-3. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/0004-282X20150037

Caneda MA, Fernandes JG, Almeida AG, Mugnol FE. Confiabilidade de escalas de comprometimento neurológico em pacientes com acidente vascular cerebral. Arq Neuropsiquiatr. 2006;64(3A):690-7. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/s0004-282x2006000400034

AlHuthaifi F, Krzak J, Hanke T, Vogel LC. Predictors of functional outcomes in adults with traumatic spinal cord injury following inpatient rehabilitation: A systematic review. J Spinal Cord Med. 2017;40(3):282-294. Doi: http://dx.doi.org/10.1080/10790268.2016.1238184

Altieri R, Raimondo S, Tiddia C, Sammarco D, Cofano F, Zeppa P, et al. Glioma surgery: From preservation of motor skills to conservation of cognitive functions. J Clin Neurosci. 2019;70:55-60. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.jocn.2019.08.091

Bourassa-Moreau É, Versteeg A, Moskven E, Charest-Morin R, Flexman A, Ailon T, et al. Sarcopenia, but not frailty, predicts early mortality and adverse events after emergent surgery for metastatic disease of the spine. Spine J. 2020;20(1):22–31. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.spinee.2019.08.012

Brown CJ, Foley KT, Lowman JD Jr, MacLennan PA, Razjouyan J, Najafi B, et al. Comparison of Posthospitalization Function and Community Mobility in Hospital Mobility Program and Usual Care Patients: A Randomized Clinical Trial. JAMA Intern Med. 2016;176(7):921-7. Doi: http://dx.doi.org/10.1001/jamainternmed.2016.1870

Downloads

Publicado

2019-06-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Tradução e adaptação cultural da Neurological Impairment Scale (NIS) para a população brasileira. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de junho de 2019 [citado 19º de março de 2024];26(2):102-7. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/166122