Avaliação da diferença na força muscular periférica entre admissão e alta em idosos hospitalizados

Autores

  • Mario Cezar Macedo Silva Junior Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • Marilucia Reis dos Santos Hospital Geral Roberto Santos - HGRS https://orcid.org/0000-0002-3220-883X
  • Sergio Luis Figueredo de Jesus Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • Mychelle Regina Melo de Almeida Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • Júlio David Nascimento da Rocha Hospital Geral Roberto Santos - HGRS
  • Janmille de Sá Neves Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • Jorge Luis Motta dos Anjos Hospital Geral Roberto Santos - HGRS
  • Bruno Prata Martinez Universidade do Estado da Bahia - UNEB

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v28i2a183118

Palavras-chave:

Assistência a Idosos, Hospitalização, Força Muscular

Resumo

A mensuração da força muscular periférica (FMP) no ambiente hospitalar direciona a reabilitação e contribui para predição da mortalidade dos idosos. Objetivo: Avaliar a variação da força muscular ao longo da internação em idosos hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, com idosos estáveis das enfermarias e UTI´s de um hospital de grande porte da rede pública estadual, em Salvador-BA. Foram realizadas 3 medidas de dinamometria de preensão palmar, sendo considerado para análise o maior valor.  Outras variáveis coletadas foram a função cognitiva (MEEM) e índice de comorbidades de Charlson (ICC). Para comparação da variação da FPP entre a admissão e alta realizado o teste T de Student. Resultados: A amostra foi composta por 80 idosos com média de idade 68,1 ± 5,8 anos, majoritariamente do sexo masculino (77.5%) e com perfil cirúrgico (92,5%). Na comparação entre a FPP na admissão e alta não foram encontradas diferenças significativas (29,8±7,5 kgf; 30,0±7,8 kgf; valor de p= 0,698). Entretanto, observou-se formas distintas de variação ao longo da internação, sendo que 36,2% dos pacientes apresentaram aumento da FPP(27,8 ± 9,3 kgf para 32,3 ± 9,6 kgf), enquanto que 38,7% tiveram perda da FPP(30,9 ± 6,7 kgf para 26,8 ± 6,9 kgf) entre a admissão e a alta. Conclusão: Existem diferentes trajetórias da FMP desde admissão até a alta em idosos hospitalizados. Compreender quais são os fatores que favorecem essas variações é algo importante para o processo de reabilitação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Metter EJ, Talbot LA, Schrager M, Conwit R. Skeletal muscle strength as a predictor of all-cause mortality in healthymen. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2002;57(10):359-65. Doi: https://doi.org/10.1093/gerona/57.10.b359

Martinez BP, Batista AK, Gomes IB, Olivieri FM, Camelier FW, Camelier AA. Frequency of sarcopenia and associated factors among hospitalized elderly patients. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16:108. doi: https://doi.org/10.1186/s12891-015-0570-x

Rossi AP, Rubele S, Pelizzari L, Fantin F, Morgante S, Marchi O, et al. Hospitalization effects on physical performance and muscle strength in hospitalized elderly subjects. J Gerontol Geriatr Res. 2017;6(2):1000401. Doi: https://doi.org/10.4172/2167-7182.1000401

Boechat JCS, Manhães FC, Gama Filho RV, Istoe RSC. A síndrome do imobilismo e seus efeitos sobre o aparelho locomotor do idoso. Inter Science Place. 2012;1(5):89-107. Doi: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/2205

Veras R. O modelo assistencial contemporâneo e inovador para os idosos. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2020;23(1):e200061. Doi: https://doi.org/10.1590/1981-22562020023.200061

Miranda GMD, Mendes ACG, Silva ALA. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais e futuras. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(3):507-19. Doi: https://doi.org/10.1590/1809-98232016019.150140

Stolt LROG, Kolisch DV, Tanaka C, Cardoso MRA, Schmitt ACB. Internação hospitalar, mortalidade e letalidade crescentes por quedas em idosos no Brasil. Rev Saude Publica. 2020;54:76. Doi: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001691

Garcia PA, Dias JMD, Dias RC, Santos P, Zampa CC. Estudo da relação entre função muscular, mobilidade funcional e nível de atividade física em idosos comunitários. Rev Bras Fisioter. 2011;15(1):15-22. Doi: https://doi.org/10.1590/S1413-35552011000100005

Doherty TJ. Invited review: Aging and sarcopenia. J Appl Physiol (1985). 2003;95(4):1717-27. Doi: https://doi.org/10.1152/japplphysiol.00347.2003

Garcia PA, Dias JMD, Rocha ASS, Almeida NC, Macedo OG, Dias RC. Relação da capacidade funcional, força e massa muscular de idosas com osteopenia e osteoporose. Fisioter Pesq. 2015;22(2):126-32. Doi: https://doi.org/10.590/1809-2950/13154522022015

Cruz-Jentoft AJ, Bahat G, Bauer J, Boirie Y, Bruyère O, Cederholm T, et al. Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis. Age Ageing. 2019;48(1):16-31. Doi: https://doi.org/10.1093/ageing/afy169

Lourenço RA, Veras RP. Mini-Exame do Estado Mental: características psicométricas em idosos ambulatoriais. Rev Saúde Pública.2006;40(4):712-9. Doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000500023

Charlson ME, Pompei P, Ales KL, MacKenzie CR. A new method of classifying prognostic comorbidity in longitudinal studies: development and validation. J Chronic Dis. 1987;40(5):373-83. Doi: https://doi.org/10.1016/0021-9681(87)90171-8

Reis MM, Arantes PMM. Medida da força de preensão manual – validade e confiabilidade do dinamômetro Saehan. Fisioter Pesqui. 2011;18(2):176-81. Doi: https://doi.org/10.1590/S1809-29502011000200013

Newman AB, Kupelian V, Visser M, Simonsick EM, Goodpaster BH, Kritchevsky SB, et al. Strength, but not muscle mass, is associated with mortality in the health, aging and body composition study cohort. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2006;61(1):72-7. Doi: https://doi.org/10.1093/gerona/61.1.72

Bohannon RW. Grip Strength: An Indispensable Biomarker For Older Adults. Clin Interv Aging. 2019;14:1681-91. Doi: https://doi.org/10.2147/CIA.S194543

Cornette P, Swine C, Malhomme B, Gillet JB, Meert P, D'Hoore W. Early evaluation of the risk of functional decline following hospitalization of older patients: development of a predictive tool. Eur J Public Health. 2006;16(2):203-8. Doi: https://doi.org/10.1093/eurpub/cki054

Kawasaki K, Diogo MJDE. Variação da independência funcional em idosos hospitalizados relacionada a variáveis sociais e de saúde. Acta Fisiatr. 2007;14(3):164-9. Doi: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v14i3a102826

Downloads

Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Avaliação da diferença na força muscular periférica entre admissão e alta em idosos hospitalizados. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de junho de 2021 [citado 19º de março de 2024];28(2):73-7. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/183118