Fatores clínicos e sociodemográficos associados a recuperação da marcha de indivíduos após acidente vascular cerebral trombolisado na fase aguda

Autores

  • Alana das Mercês Silva Hospital Geral Roberto Santos
  • Jorge Luis Motta dos Anjos Universidade Federal da Bahia
  • Lemuel Bernardes Hospital Geral Roberto Santos
  • Lívia Aguiar Hospital Geral Roberto Santos
  • Carla Ferreira do Nascimento Hospital Geral Roberto Santos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v29i2a190587

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Deambulação Precoce, Marcha

Resumo

O tratamento trombolítico promove reperfusão cerebral após (acidente vascular cerebral) AVC isquêmico, e é considerado o tratamento mais eficaz na fase aguda, estando associado a melhores desfechos clínicos e funcionais. Entre as principais sequelas após AVC estão a hemiparesia e o déficit de equilíbrio, que repercutem diretamente na locomoção do indivíduo. Objetivo: Investigar quais fatores estão associados com a recuperação da marcha na fase aguda do AVC trombolisado. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, com 32 indivíduos na fase aguda do AVC trombolisado. Os indivíduos foram avaliados nas primeiras horas após terem sido submetidos à terapia trombolítica, e após 7 dias ou no momento da alta da unidade de internamento. Resultados: O desfecho principal foi a presença ou não de marcha independente até o sétimo dia de internamento ou até a alta da unidade. A variável resposta foi o número de dias necessário para recuperar a marcha, sendo analisada em 3 categorias: "1 dia”, “2 dias” e “3 ou mais dias”. Dos 32 indivíduos da amostra apenas 4 não andaram em até 7 dias após o AVC e cerca de 50% andou no primeiro dia de internamento. Houve associação significativa entre a Escala de Equilíbrio de Berg e o tempo para andar. Conclusão: O estudo sugere que a maioria dos indivíduos submetidos à trombólise para tratamento de AVC isquêmico recupera a capacidade de andar dentro de sete dias da ocorrência do evento, e que esta recuperação está associada ao equilíbrio nas primeiras horas após o AVC.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Sacco RL, Kasner SE, Broderick JP, Caplan LR, Connors JJ, Culebras A, et al. An updated definition of stroke for the 21st century: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2013;44(7):2064-89. Doi: https://doi.org/10.1161/STR.0b013e318296aeca

Bensenor IM, Goulart AC, Szwarcwald CL, Vieira MLFP, Malta DC, Lotufo PA. Prevalence of stroke and associated disability in Brazil: National Health Survey - 2013. Arq Neuropsiquiatr. 2015;73(9):746-50. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/0004-282X20150115

Powers WJ, Rabinstein AA, Ackerson T, Adeoye OM, Bambakidis NC, Becker K, et al. Guidelines for the early management of patients with acute ischemic stroke: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2018;49(3):e46-110. Doi: http://dx.doi.org/10.1161/STR.0000000000000158

Lees KR, Emberson J, Blackwell L, Bluhmki E, Davis SM, Donnan GA, et al. Effects of alteplase for acute stroke on the distribution of functional outcomes. Stroke. 2016;47(9):2373-9. Doi: http://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.116.013644

Conterno LO, Barbosa RWN, Rego CM, Silva Filho CR. Gravidade do déficit neurológico e incidência de infecções hospitalares em pacientes idosos com acidente vascular cerebral agudo. Sci Med. 2016;26(4):25168. Doi: http://dx.doi.org/10.15448/1980-6108.2016.4.25168

Sousa ASP, Tavares JMRS. Interlimb coordination during step-to-step transition and gait performance. J Mot Behav. 2015;47(6):563–74. Doi: https://doi.org/10.1080/00222895.2015.1023391

Nakao M, Izumi S, Yokoshima Y, Matsuba Y, Maeno Y. Prediction of life-space mobility in patients with stroke 2 months after discharge from rehabilitation: a retrospective cohort study. Disabil Rehabil. 2020;42(14):2035-42. Doi: https://doi.org/10.1080/09638288.2018.1550533

Mahendran N, Kuys SS, Brauer SG. Recovery of ambulation activity across the first six months post-stroke. Gait Posture. 2016;49:271-6. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.gaitpost.2016.06.038

Ferreira MS, Chamlian TR, Franca CN, Massaro AR. Non-motor factors associated with the attainment of community ambulation after stroke. Clin Med Res. 2015;13(2):58-64. Doi: https://doi.org/10.3121/cmr.2014.1232

Jones PS, Pomeroy VM, Wang J, Schlaug G, Tulasi Marrapu S, Geva S, et al. Does stroke location predict walk speed response to gait rehabilitation? Hum Brain Mapp. 2016;37(2):689-703. Doi: https://doi.org/10.1002/hbm.23059

Perennou DA, Hillier SL. Volumes of intact gray matter outside the stroke predict gait performance. Neurology. 2014;82(10):822-3. Doi: https://doi.org/10.1212/WNL.0000000000000194

Jain A, Houten D Van, Sheikh L. Retrospective study on national institutes of health stroke scale as a predictor of patient recovery after stroke. J Cardiovasc Nurs. 2016;31(1):69-72. Doi: https://doi.org/10.1097/JCN.0000000000000198

Huang Y, Wang W, Liou T, Liao C, Lin L, Huang S. Postural assessment scale for stroke patients scores as a predictor of stroke patient ambulation at discharge from the rehabilitation ward. J Rehabil Med. 2016;48(3):259–64. Doi: https://doi.org/10.2340/16501977-2046

Antunes J, Justo F, Justo A, Ramos G, Prudente C. Influência do controle postural e equilíbrio na marcha de pacientes com sequela de acidente vascular cerebral. Fisioter Saúde Func. 2016;5(1):30-41.

Cincura C, Pontes-Neto OM, Neville IS, Mendes HF, Menezes DF, Mariano DC, et al. Validation of the national institutes of health stroke scale, modified rankin scale and barthel index in Brazil: the role of cultural adaptation and structured interviewing. Cerebrovasc Dis. 2009;27(2):119–22. Doi: https://doi.org/10.1159/000177918

Miyamoto ST, Lombardi Junior I, Berg KO, Ramos LR, Natour J. Brazilian version of the Berg balance scale. Brazilian J Med Biol Res. 2004;37(9):1411–21. Doi: https://doi.org/10.1590/s0100-879x2004000900017

Yoneyama SM, Roiz RM, Oliveira TM, Oberg TD, Lima NMFV. Validação da versão brasileira da Escala de Avaliação Postural para Pacientes após Acidente Vascular Encefálico. Acta Fisiátr. 2008;15(2):96-100. Doi: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v15i2a102920

Blennerhassett JM, Levy CE, Mackintosh A, Yong A, McGinley JL. One-quarter of people leave inpatient stroke rehabilitation with physical capacity for community ambulation. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2018;27(12):3404-10. Doi: https://doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2018.08.004

Soize S, Fabre G, Gawlitza M, Serre I, Bakchine S, Manceau P-F, et al. Can early neurological improvement after mechanical thrombectomy be used as a surrogate for final stroke outcome? J Neurointerv Surg. 2019;11(5):450-4. Doi: http://dx.doi.org/10.1136/neurintsurg-2018-014332

Santos NSB, Anjos JLM. Associação entre a gravidade do AVC, equilíbrio e mobilidade funcional em pacientes trombolisados. Revista Neurociências. 2021; 29(1-19). https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.11868

Louie D, Eng J. Berg Balance Scale score at admission can predict walking suitable for community ambulation at discharge from inpatient stroke rehabilitation. J Rehabil Med. 2018;50(1):37-44. Doi: https://doi.org/10.2340/16501977-2280

Ursin MH, Bergland A, Fure B, Tørstad A, Tveit A, Ihle-Hansen H. Balance and mobility as predictors of post-stroke cognitive impairment. Dement Geriatr Cogn Dis Extra. 2015;5(2):203-11. Doi: https://doi.org/10.1159/000381669

Hamre C, Fure B, Helbostad JL, Wyller TB, Ihle-Hansen H, Vlachos G, et al. Balance and gait after first minor ischemic stroke in people 70 years of age or younger: a prospective observational cohort study. Phys Ther. 2020;100(5):798-806. Doi: https://doi.org/10.1093/ptj/pzaa010

Rodrigues MDS, Santana LF, Galvão IM. Fatores de risco modificáveis e não modificáveis do AVC isquêmico: uma abordagem descritiva. Rev Med. 2017;96(3):187. Doi: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p187-192

José BPS, Corrêa RA, Malta DC, Passos VMA, França EB, Teixeira RA, et al. Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(suppl 1):75–89. Doi: https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050007

Thorpe ER, Garrett KB, Smith AM, Reneker JC, Phillips RS. Outcome measure scores predict discharge destination in patients with acute and subacute stroke: a systematic review and series of meta-analyses. J Neurol Phys Ther. 2018;42(1):2-11. Doi: http://dx.doi.org/10.1097/NPT.0000000000000211

Meyer MJ, Pereira S, McClure A, Teasell R, Thind A, Koval J, et al. A systematic review of studies reporting multivariable models to predict functional outcomes after post-stroke inpatient rehabilitation. Disabil Rehabil. 2015;37(15):1316-23. Doi: https://doi.org/10.3109/09638288.2014.963706

Scrutinio D, Monitillo V, Guida P, Nardulli R, Multari V, Monitillo F, et al. Functional gain after inpatient stroke rehabilitation. Stroke. 2015;46(10):2976–80. Doi: https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.115.010440

Kongsawasdi S, Klaphajone J, Wivatvongvana P, Watcharasaksilp K. Prognostic factors of functional outcome assessed by using the modified rankin scale in subacute ischemic stroke. J Clin Med Res. 2019;11(5):375-82. Doi: https://doi.org/10.14740/jocmr3799

Downloads

Publicado

2022-06-28

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Silva A das M, Anjos JLM dos, Bernardes L, Aguiar L, Nascimento CF do. Fatores clínicos e sociodemográficos associados a recuperação da marcha de indivíduos após acidente vascular cerebral trombolisado na fase aguda. Acta Fisiátr. [Internet]. 28º de junho de 2022 [citado 18º de abril de 2024];29(2):112-7. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/190587