Identificação dos conceitos de medidas de desfechos de ensaios clínicos em osteogênese imperfeita utilizando a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - versão crianças e jovens

Autores

  • Tatiana Vasconcelos dos Santos Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
  • Juan Clinton Llerena Júnior Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
  • Carla Trevisan Martins Ribeiro Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
  • Saint Clair dos Santos Gomes Júnior Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20140027

Palavras-chave:

Osteogênese Imperfeita, Avaliação de Resultados (Cuidados de Saúde), Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

Resumo

O modelo biopsicossocial da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) tem sido utilizado como referência na prática clínica para identificação e análise dos componentes da funcionalidade presentes em medidas de desfechos. Objetivo: Este estudo tem como objetivos identificar os conceitos de medidas de desfecho de ensaios clínicos em Osteogênese Imperfeita, analisar como estes conceitos se relacionam com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde versão crianças e jovens (CIF-CJ) e descrever quais componentes da funcionalidade mais avaliados. Método: Ensaios clínicos realizados entre 2000 e 2013 em crianças com diagnóstico de Osteogênese Imperfeita foram selecionados a partir de uma revisão nas bases de dados MedLine e Cochrane. As medidas de desfecho foram extraídas e os conceitos significativos de cada medida foram relacionados à CIF-CJ. Resultados: Foram incluídos para o estudo 14 artigos. Os conceitos de medidas clínicas e técnicas e de um instrumento de avaliação padronizado (Pediatric Evaluation of Disability Inventory - PEDI) foram identificados. Os conceitos das medidas clínicas e técnicas relacionaram-se ao componente da CIF-CJ Funções e Estruturas do Corpo. Os conceitos do PEDI relacionaram-se aos componentes Funções do Corpo e principalmente Atividade e Participação. Conclusão: Através do link dos conceitos das medidas de desfecho com a CIF-CJ foi verificado que os ensaios clínicos em OI avaliam principalmente o componente Funções e Estruturas do Corpo. As avaliações da Atividade e Participação e os fatores contextuais ainda são pouco contempladas nestes estudos havendo necessidade de novas pesquisas sobre o efeito das intervenções nestes componentes.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Engelbert RHH, Custers JWH, van der Net J, van der Graaf Y, Beemer FA, Helders PJM. Functional outcome in osteogenesis imperfecta: disability profiles using the PEDI. Pediatric Phys Ther. 1997;9(1):18-22. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/00001577199700910-00004

CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São Paulo: EDUSP; 2003.

Brockow T, Cieza A, Kuhlow H, Sigl T, Franke T, Harder M, et al. Identifying the concepts contained in outcome measures of clinical trials on musculoskeletal disorders and chronic widespread pain using the International Classification of Functioning, Disability and Health as a reference. J Rehabil Med. 2004;(44 Suppl):30-6.

Silva Drummond A, Ferreira Sampaio R, Cotta Mancini M, Noce Kirkwood R, Stamm TA. Linking the Disabilities of Arm, Shoulder, and Hand to the International Classification of Functioning, Disability, and Health. J Hand Ther. 2007;20(4):336-43. DOI: http://dx.doi.org/10.1197/j.jht.2007.07.008

CIF-CJ: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde: versão crianças e jovens. São Paulo: EDUSP; 2011.

Stucki G, Cieza A, Ewert T, Kostanjsek N, Chatterji S, Ustün TB. Application of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) in clinical practice. Disabil Rehabil. 2002;24(5):281-2. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/09638280110105222

Cieza A, Brockow T, Ewert T, Amman E, Kollerits B, Chatterji S, et al. Linking health-status measurements to the international classification of functioning, disability and health. J Rehabil Med. 2002;34(5):205-10. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/165019702760279189

Cieza A, Geyh S, Chatterji S, Kostanjsek N, Ustün B, Stucki G. ICF linking rules: an update based on lessons learned. J Rehabil Med. 2005;37(4):212-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/16501970510040263

Van Brussel M1, Takken T, Uiterwaal CS, Pruijs HJ, Van der Net J, Helders PJ, et al. Physical training in children with osteogenesis imperfecta. J Pediatr. 2008;152(1):111-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jpeds.2007.06.029

Haley SM, Coster WJ, Ludlow LH, Haltiwanger JT, Andrellos PJ. Pediatric Evaluation Disability Inventory (PEDI) development, standardization and administrations manual. Boston: PEDI Research Group, New England Medical Center Hospitals; 1992.

Mancini MC. Inventário de avaliação pediátrica de incapacidade (PEDI): manual da versão brasileira adaptada. Belo Horizonte: UFMG; 2005.

Kok DH, Sakkers RJ, Janse AJ, Pruijs HE, Verbout AJ, Castelein RM, et al. Quality of life in children with osteogenesis imperfecta treated with oral bisphosphonates (Olpadronate): a 2-year randomized placebo-controlled trial. Eur J Pediatr. 2007;166(11):1155-61. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s00431-006-0399-2

Antoniazzi F, Monti E, Venturi G, Franceschi R, Doro F, Gatti D, et al. GH in combination with bisphosphonate treatment in osteogenesis imperfecta. Eur J Endocrinol. 2010;163(3):479-87. DOI: http://dx.doi.org/10.1530/EJE-10-0208

Dimeglio LA, Ford L, McClintock C, Peacock M. A comparison of oral and intravenous bisphosphonate therapy for children with osteogenesis imperfecta. J Pediatr Endocrinol Metab. 2005;18(1):43-53. DOI: http://dx.doi.org/10.1515/JPEM.2005.18.1.43

Rauch F, Munns CF, Land C, Cheung M, Glorieux FH. Risedronate in the treatment of mild pediatric osteogenesis imperfecta: a randomized placebocontrolled study. J Bone Miner Res. 2009;24(7):1282-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1359/jbmr.090213

Sakkers R, Kok D, Engelbert R, van Dongen A, Jansen M, Pruijs H, et al. Skeletal effects and functional outcome with olpadronate in children with osteogenesis imperfecta: a 2-year randomised placebo-controlled study. Lancet. 2004;363(9419):1427-31. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(04)16101-1

Ward LM, Rauch F, Whyte MP, D'Astous J, Gates PE, Grogan D, et al. Alendronate for the treatment of pediatric osteogenesis imperfecta: a randomized placebo-controlled study. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(2):355-64. DOI: http://dx.doi.org/10.1210/jc.2010-0636

Antoniazzi F, Zamboni G, Lauriola S, Donadi L, Adami S, Tatò L. Early bisphosphonate treatment in infants with severe osteogenesis imperfecta. J Pediatr. 2006;149(2):174-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jpeds.2006.03.013

Bishop N, Harrison R, Ahmed F, Shaw N, Eastell R, Campbell M, et al. A randomized, controlled dose-ranging study of risedronate in children with moderate and severe osteogenesis imperfecta. J Bone Miner Res. 2010;25(1):32-40. DOI: http://dx.doi.org/10.1359/jbmr.090712

Ward LM, Denker AE, Porras A, Shugarts S, Kline W, Travers R, et al. Single-dose pharmacokinetics and tolerability of alendronate 35- and 70-milligram tablets in children and adolescents with osteogenesis imperfecta type I. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90(7):4051-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1210/jc.2004-2054

DiMeglio LA, Peacock M. Two-year clinical trial of oral alendronate versus intravenous pamidronate in children with osteogenesis imperfecta. J Bone Miner Res. 2006;21(1):132-40.

Barros ER, Saraiva GL, de Oliveira TP, Lazaretti-Castro M. Safety and efficacy of a 1-year treatment with zoledronic acid compared with pamidronate in children with osteogenesis imperfecta. J Pediatr Endocrinol Metab. 2012;25(5-6):485-91. DOI: http://dx.doi.org/10.1515/jpem-2012-0016

Letocha AD, Cintas HL, Troendle JF, Reynolds JC, Cann CE, Chernoff EJ, et al. Controlled trial of pamidronate in children with types III and IV osteogenesis imperfecta confirms vertebral gains but not short-term functional improvement. J Bone Miner Res. 2005;20(6):977-86. DOI: http://dx.doi.org/10.1359/JBMR.050109

Gatti D, Antoniazzi F, Prizzi R, Braga V, Rossini M, Tatò L, et al. Intravenous neridronate in children with osteogenesis imperfecta: a randomized controlled study. J Bone Miner Res. 2005;20(5):758-63. DOI: http://dx.doi.org/10.1359/JBMR.041232

Moreira CLM, Lima MAF, Cardoso MHC, Gomes Junior SCS, Lopes PB, Llerena Junior JC. Determinantes da marcha independente na osteogênese imperfeita. Acta Ortop Bras. 2011;19(5):312-5. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-78522011000500010

Vargus-Adams J. Understanding function and other outcomes in cerebral palsy. Phys Med Rehabil Clin N Am. 2009;20(3):567-75. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.pmr.2009.04.002

Björck-Åkesson E, Wilder J, Granlund M, Pless M, Simeonsson R, Adolfsson M, et al. The International Classification of Functioning, Disability and Health and the version for children and youth as a tool in child habilitation/early childhood intervention--feasibility and usefulness as a common language and frame of reference for practice. Disabil Rehabil. 2010;32 Suppl 1:S125-38.

Palisano RJ. A collaborative model of service delivery for children with movement disorders: a framework for evidence-based decision making. Phys Ther. 2006;86(9):1295-305. DOI: http://dx.doi.org/10.2522/ptj.20050348

Publicado

2014-09-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Santos TV dos, Llerena Júnior JC, Ribeiro CTM, Gomes Júnior SC dos S. Identificação dos conceitos de medidas de desfechos de ensaios clínicos em osteogênese imperfeita utilizando a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - versão crianças e jovens. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de setembro de 2014 [citado 24º de abril de 2024];21(3):135-40. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103859