Nível de atividade física de usuários da atenção primária: comparação entre indivíduos saudáveis e pós acidente vascular cerebral

Autores

  • Tamires Fernanda Pedrosa Simões
  • Ananda Jacqueline Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
  • Júlia Caetano Martins Centro Universitário de Belo Horizonte
  • Christina Danielli Coelho de Morais Faria Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG http://orcid.org/0000-0001-9784-9729

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20170011

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Modalidades de Fisioterapia, Atividades Humanas, Sistema Único de Saúde

Resumo

Indivíduos acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) comumente apresentam um baixo nível de atividade física (AF), o que é fator de risco para recorrência do AVC, surgimento de outras doenças cardiovasculares e aumento das incapacidades. A manutenção de um bom nível de AF associa-se a uma melhora funcional e da saúde desses indivíduos. Objetivo: Comparar o nível de AF de indivíduos saudáveis e indivíduos pós-AVC usuários da atenção primária do SUS. Método: Todos os indivíduos pós-AVC (G1; n=37) usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de Belo Horizonte, MG com condições clínicas para responder a um questionário, e indivíduos saudáveis pareados (G2; n=37), também usuários da UBS, foram avaliados quanto ao nível de AF pelo questionário Perfil de Atividade Humana (PAH). Estatísticas descritivas, teste-t de student, teste qui-quadrado e teste de Mann-Whitney foram utilizados para as análises (α=0,05). Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto à idade, sexo e nível de exercício físico (p>0,05). Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos para todas as variáveis do PAH (0,001≤p≤0,011). Conclusão: Indivíduos pós-AVC apresentaram piores pontuações ou classificações quando comparados a indivíduos saudáveis pareados para todos os desfechos do PAH relacionados ao nível de atividade física.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Mozaffarian D, Ameu DK, Després J-P, Howard VJ, Isasi CR, Kissela AM, et al. Heart disease and stroke statistics-2016 update: a report from the American Heart Association. Circulation. 2016;133(4):e38-360.

Thrift AG, Cadilhac DA, Thayabaranathan T, Howard G, Howard VJ, Rothwell PM, et al. Global stroke statistics. Int J Stroke. 2014;9(1):6-18. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/ijs.12245

Thom T, Haase N, Rosamond W, Howard VJ, Rumsfeld J, Manolio T, et al. Heart disease and stroke statistics--2006 update: a report from the American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee. Circulation. 2006 Feb 14;113(6):e85-151.

CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São Paulo: Edusp; 2003.

Billinger SA, Arena R, Bernhardt J, Eng JJ, Franklin BA, Johnson CM, et al. Physical activity and exercise recommendations for stroke survivors: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2014;45(8):2532-53. DOI: http://dx.doi.org/10.1161/STR.0000000000000022

Caspersen CJ, Kriska AM, Dearwater SR. Physical activity epidemiology as applied to elderly populations. Baillieres Clin Rheumatol. 1994;8(1):7-27. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S0950-3579(05)80222-5

Ainsworth B, Cahalin L, Buman M, Ross R. The current state of physical activity assessment tools. Prog Cardiovasc Dis. 2015;57(4):387-95. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.pcad.2014.10.005

Ashe MC, Miller WC, Eng JJ, Noreau L. Older adults, chronic disease and leisure-time physical activity. Gerontology. 2009;55(1):64-72. PMID: 18566534 DOI: http://dx.doi.org/10.1159/000141518

Nelson ME, Rejeski WJ, Blair SN, Duncan PW, Judge JO, King AC, et al. Physical activity and public health in older adults: recommendation from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Circulation. 2007;116(9):1094-105. PMID: 17671236 DOI: http://dx.doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.107.185650

Tudor-Locke C, Bassett DR Jr. How many steps/day are enough? Preliminary pedometer indices for public health. Sports Med. 2004;34(1):1-8. DOI: http://dx.doi.org/10.2165/00007256-200434010-00001

Moore SA, Hallsworth K, Plötz T, Ford GA, Rochester L, Trenell MI. Physical activity, sedentary behaviour and metabolic control following stroke: a cross-sectional and longitudinal study. PLoS One. 2013;8(1):e55263. DOI: http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0055263

Braun A, Herber V, Michaelsen MS. Relação entre o nível de atividade física, equilíbrio e qualidade de vida em indivíduos com hemiparesia. Rev Bras Med Esporte. 2012;18(1):30-4. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922012000100006

Ovando AC, Michaelsen SM, Carvalho TD, Herber V. Evaluation of cardiopulmonary fitness in individuals with hemiparesis after cerebrovascular accident. Arq Bras Cardiol. 2011;96(2):140-7. PMID: 21448510 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2011005000001

Polese JC, Pinheiro MB, Basílio ML, Perreira VF, Britto RR, Teixeira-Salmela LF, et al. Estudo de seguimento da função motora de indivíduos pós-acidente vascular encefálico. Fisioter Pesq. 2013;20(3):222-7. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502013000300005

Polese JC, Pinheiro MB, Faria CD, Britto RR, Parreira VF, Teixeira-Salmela LF. Strength of the respiratory and lower limb muscles and functional capacity in chronic stroke survivors with different physical activity levels. Braz J Phys Ther. 2013;17(5):487-93. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552012005000114

Linha de cuidados em acidente vascular cerebral (AVC) na rede de atenção às urgências e emergências [texto na Internet]. Brasília (DF): Conitec [citado 2016 nov 01]. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Protocolos/pcdt-cuidados-AVC.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 2488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); 2011 Out 22, Seção 1:48-55.

Academia Brasileira de Neurologia, Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, Associação Médica Brasileira, Rede Brasileira de Cooperação em Emergência, Sociedade Iberoamericana de Doenças Cerebrovasculares, World Stroke Organization. Parecer técnico para a atenção ao acidente vascular cerebral. São Paulo: PROCEMPA; 2009. Disponível em: http://pwweb2.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/redebrasilavc/usu_doc/prioridades_avc_(2).pdf

Leite HR, Nunes AP, Corrêa CL. Perfil epidemiológico de pacientes acometidos por acidente vascular encefálico cadastrados na Estratégia de Saúde da Família em Diamantina, MG. Fisioter Pesq. 2009;16(1):34-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502009000100007

Bertolucci PH, Brucki SM, Campacci SR, Juliano Y. The Mini-Mental State Examination in a general population: impact of educational status. Arq Neuropsiquiatr. 1994;52(1):1-7. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1994000100001

Brucki SM, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PH, Okamoto IH. Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil. Arq Neuropsiquiatr. 2003 Sep;61(3B):777-81. PMID: 14595482 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500014

Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Physical activity trends--United States, 1990-1998. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2001;50(9):166-9.

Michaelsen SM, Rocha AS, Knabben RJ, Rodrigues LP, Fernandes CG. Translation, adaptation and inter-rater reliability of the administration manual for the Fugl-Meyer assessment. Rev Bras Fisioter. 2011;15(1):80-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552011000100013

Souza AC, Magalhães LC, Teixeira-Salmela LF. Cross-cultural adaptation and analysis of the psychometric properties in the Brazilian version of the Human Activity Profile. Cad Saude Publica. 2006;22(12):2623-36. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2006001200012

Teixeira-Salmela LF, Devaraj R, Olney SJ. Validation of the human activity profile in stroke: a comparison of observed, proxy and self-reported scores. Disabil Rehabil. 2007;29(19):1518-24. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/09638280601055733

Fix AJ, Daughton DM. Human Activity Profile: professional manual. Odessa: Psychological Assessment Resources; 1988.

Mazzola D, Polese JC, Schuster RC, Oliveira SG. Perfil dos pacientes acometidos por acidente vascular encefálico assistidos na clínica de fisioterapia neurológica da Universidade de Passo Fundo. Rev Bras Prom Saúde. 2007;20(1):22-7. DOI: http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2007.p22

Cacho EWA, Melo FRL, Oliveira R. Avaliação da recuperação motora em pacientes hemiplégicos através do protocolo de desempenho físico Fugl-Meyer. Rev Neurociênc. 2004;12(2):94-102.

National Stroke Foundation. Clinical guidelines for stroke management 2010. Melbourne: Stroke Foundation; 2010.

Ottawa Panel, Khadilkar A, Phillips K, Jean N, Lamothe C, Milne S, et al. Ottawa panel evidence-based clinical practice guidelines for post-stroke rehabilitation. Top Stroke Rehabil. 2006;13(2):1-269. DOI: http://dx.doi.org/10.1310/3TKX-7XEC-2DTG-XQKH

Baldin AD. Atividade física e acidente vascular cerebral. ComCiência. 2009;109.

Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Simões TFP, Ferreira AJ, Martins JC, Faria CDC de M. Nível de atividade física de usuários da atenção primária: comparação entre indivíduos saudáveis e pós acidente vascular cerebral. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de junho de 2017 [citado 16º de abril de 2024];24(2):56-61. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/153470