Neuroimagem e desenvolvimento motor de gêmeas com microcefalia congênita por Zika virus: estudo de caso

Autores

  • Tainã Ribeiro Klinger Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Luciana Sayuri Sanada Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
  • Natalia Alves Menegol Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
  • Viviane de Rezende Santos Passos Lima Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Gabriela Amorim Melo Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Ellen Soares Guedes Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Karina Laurenti Sato Universidade Federal de Sergipe - UFS

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v28i3a181212

Palavras-chave:

Microcefalia, Transtornos das Habilidades Motoras, Zika Virus, Neuroimagem, Reabilitação

Resumo

Objetivo: Descrever um caso de microcefalia congênita causada pela infecção do Zika vírus em uma gestação gemelar monozigótica. Métodos: A ultrassonografia transfontanelar e a tomografia computadorizada de crânio revelaram diferentes padrões de lesão para ambos gêmeos com microcefalia congênita causada pela infecção do Zika vírus. As avaliações do desenvolvimento motor foram realizadas por meio da Escala Motora Infantil de Alberta (EMIA) e da Medida de Função Motora Grossa antes, durante e após o tratamento fisioterapêutico. Resultados: As avaliações mostraram diferenças na aquisição motora entre os gêmeos. Os valores nas avaliações do primeiro caso foram bem menores do que os do segundo caso, que apresentou maior atraso motor. Conclusão: O presente estudo mostrou que apesar dos gêmeos serem monozigóticos, os efeitos das lesões neurológicas reveladas por exames de neuroimagem foram piores no primeiro caso, e mesmo com duas sessões semanais de reabilitação, o desenvolvimento motor ao longo do tempo foi consideravelmente pior no gêmeo do caso 1 quando comparado ao caso 2.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Fatima Vasco Aragao M, van der Linden V, Brainer-Lima AM, Coeli RR, Rocha MA, Sobral da Silva P, et al. Clinical features and neuroimaging (CT and MRI) findings in presumed Zika virus related congenital infection and microcephaly: retrospective case series study. BMJ. 2016;353:i1901. Doi: https://doi.org/110.1136/bmj.i1901

França GV, Schuler-Faccini L, Oliveira WK, Henriques CM, Carmo EH, Pedi VD, et al. Congenital Zika virus syndrome in Brazil: a case series of the first 1501 livebirths with complete investigation. Lancet. 2016;388(10047):891-7. Doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30902-3

Del Campo M, Feitosa IM, Ribeiro EM, Horovitz DD, Pessoa AL, França GV, et al. The phenotypic spectrum of congenital Zika syndrome. Am J Med Genet A. 2017;173(4):841-57. Doi: https://doi.org/10.1002/ajmg.a.38170

Cugola FR, Fernandes IR, Russo FB, Freitas BC, Dias JL, Guimarães KP, et al. The Brazilian Zika virus strain causes birth defects in experimental models. Nature. 2016;534(7606):267-71. Doi: https://doi.org/10.1038/nature18296

Wu HY, Huang SC, Huang HC, Hsu TY, Lan KC. Cytomegalovirus infection and fetal death in one monozygotic twin. Taiwan J Obstet Gynecol. 2011;50(2):230-2. Doi: https://doi.org/10.1016/j.tjog.2011.01.008

van der Linden V, van der Linden Junior H, Leal MC, Rolim Filho EL, van der Linden AV, Aragão MFVV, et al. Discordant clinical outcomes of congenital Zika virus infection in twin pregnancies. Arq Neuropsiquiatr. 2017;75(6):381-6. Doi: https://doi.org/10.1590/0004-282X20170066

Werner H, Daltro P, Fazecas T, Zare Mehrjardi M, Araujo Júnior E. Neuroimaging findings of congenital toxoplasmosis, cytomegalovirus, and zika virus infections: a comparison of three cases. J Obstet Gynaecol Can. 2017;39(12):1150-5. Doi: https://doi.org/10.1016/j.jogc.2017.05.013

Oliveira-Szejnfeld PS, Levine D, Melo AS, Amorim MM, Batista AG, Chimelli L, et al. Congenital brain abnormalities and zika virus: what the radiologist can expect to see prenatally and postnatally. Radiology. 2016;281(1):203-18. doi: https://doi.org/10.1148/radiol.2016161584

Piper MC, Darrah J. Motor Assessment of the Developing Infant. Philadelphia: WB Saunders; 1994.

Valentini NC, Saccani R. Escala Motora Infantil de Alberta: validação para uma população gaúcha. Rev Paul Pediatr. 2011;29(2):231-8. Doi: https://doi.org/10.1590/S0103-05822011000200015

Ventura PA, Lage MLC, Carvalho AL, Fernandes AS, Taguchi TB, Nascimento-Carvalho CM. Early gross motor development among brazilian children with microcephaly born right after Zika virus infection outbreak. J Dev Behav Pediatr. 2020;41(2):134-40. Doi: https://doi.org/10.1097/DBP.0000000000000722

Alotaibi M, Long T, Kennedy E, Bavishi S. The efficacy of GMFM-88 and GMFM-66 to detect changes in gross motor function in children with cerebral palsy (CP): a literature review. Disabil Rehabil. 2014;36(8):617-27. Doi: https://doi.org/10.3109/09638288.2013.805820

Hazin AN, Poretti A, Di Cavalcanti Souza Cruz D, Tenorio M, van der Linden A, Pena LJ, et al. Computed Tomographic Findings in Microcephaly Associated with Zika Virus. N Engl J Med. 2016;374(22):2193-5. Doi: https://doi.org/10.1056/NEJMc1603617

Saccani R, Valentini NC, Pereira KR. New Brazilian developmental curves and reference values for the Alberta infant motor scale. Infant Behav Dev. 2016;45(Pt A):38-46. Doi: https://doi.org/10.1016/j.infbeh.2016.09.002

Marques FJP, Teixeira MCS, Barra RR, Lima FM, Dias BLS, Pupe C, et al. Children born with congenital Zika syndrome display atypical gross motor development and a higher risk for cerebral palsy. J Child Neurol. 2019;34(2):81-5. doi: https://doi.org/10.1177/0883073818811234

Barbosa VM, Campbell SK, Sheftel D, Singh J, Beligere N. Longitudinal performance of infants with cerebral palsy on the Test of Infant Motor Performance and on the Alberta Infant Motor Scale. Phys Occup Ther Pediatr. 2003;23(3):7-29.

Downloads

Publicado

2021-09-30

Edição

Seção

Relato de Caso

Como Citar

1.
Klinger TR, Sanada LS, Menegol NA, Lima V de RSP, Melo GA, Guedes ES, et al. Neuroimagem e desenvolvimento motor de gêmeas com microcefalia congênita por Zika virus: estudo de caso. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de setembro de 2021 [citado 19º de abril de 2024];28(3):195-200. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/181212