On how not to write about being colonized
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i42p123-141Palavras-chave:
Jan Vansina, Cheik Anta Diop, História AfricanaResumo
O objetivo deste texto é avaliar o impacto do trabalho de Jan Vansina e Cheikh Anta Diop sobre como a história da África foi construída desde 1960. Este é apenas o começo de um projeto mais longo relacionado ao enquadramento da “história” pensada como “História Africana”. A estrutura intelectual (ou ponto de partida) do ensaio é fornecida pelo chamado de Fanon às armas em sua conclusão para The Wretched of The Earth (Os condenados da terra). Seu chamado às armas não foi violência, pela violência. Foi um apelo a “parar de homenagear a Europa”. Em nome da humanidade, ele clamou pelo afastamento da imitação. A compreensão de Fanon sobre a África não veio de um estudo e / ou compreensão da psiquiatria africana. Já a história africana, vista por Jan Vansina e seus alunos, foi construída na forma de “pagar homenagem à [altruísta - jd] Europa”, como se não houvesse outra forma de entender a história africana senão através das lentes intelectuais e teóricas emprestadas da história intelectual europeia. Isso pode ser visto olhando para o trabalho de duas grandes figuras: Jan Vansina, por um lado, e, por outro lado, Cheikh Anta Diop. O título deste ensaio foi inspirado no título do último livro de Vansina: Being Colonized (2010) (Sendo colonizado) que fornece pistas de como ele entendeu a colonização por meio de suas próprias pesquisas entre os Bakuba. Usando dados de pesquisa que foram coletados na década de 1950 (durante o domínio colonial belga), Vansina assume que sua familiaridade com os Bakuba o coloca em posição privilegiada para entender a colonização a partir de sua perspectiva. Isso não é diferente da perspectiva dos missionários e / ou de bom coração dos Europeus que, como Fanon apontou, falam sobre a humanidade enquanto a abatem onde quer que a encontrem.
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Referências
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