Mestiçagem, emigração e mudança em Cabo Verde
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.v0i29-30p129-140Palavras-chave:
Cabo Verde, Cultura, Mestiçagem, Emigração, MudançaResumo
Encontrado desabitado pelos portugueses, no século XV, o processo e as estratégias encontrados para a fixação humana nas ilhas, sua exploração económica e estabilização social no arquipélago de Cabo Verde conduziram à ligação do homem branco (senhor) com a mulher negra (escrava), surgindo o mulato. Terminado o rendoso tráfico e comércio de escravos, os cabo-verdianos foram abandonados e entregues ao seu próprio destino, arcando o mestiço com todas as responsabilidades. Passou, assim, a ser o motor da formação da sociedade cabo-verdiana, na medida em que a sua importante contribuição deu lugar àquilo que, em termos socioculturais, se chamou “o mundo que o mulato criou”. Todavia, os contatos com o exterior acentuaram-se nos finais do século XVIII, com a saída de emigrantes cabo-verdianos rumo aos Estados Unidos da América. Seguiu-se o Brasil e a Argentina, mais tarde a África e, finalmente, a Europa nos meados do Século XX. Portanto, a conjugação de fatores como o desequilíbrio ecológico, a emigração, a independência nacional e a ação da comunicação social, aceleraram as transformações socioculturais nesse universo islenho, propiciando alterações com efeitos económicos, consequências sociais e repercussões culturais, que dinamizaram a mestiçagem em Cabo Verde.Downloads
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Publicado
2011-12-09
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Artigos
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A reprodução de qualquer dado, mesmo em resumo, de matéria contida nesta publicação, só será permitida com a citação do nome, número e o ano desta revista.Como Citar
LOPES FILHO, João. Mestiçagem, emigração e mudança em Cabo Verde. África, [S. l.], n. 29-30, p. 129–140, 2011. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.v0i29-30p129-140. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/africa/article/view/96111.. Acesso em: 7 set. 2024.