A invenção do Sete de Setembro, 1822-1831

Autores

  • Hendrik Kraay Universidade de Calgary; Departamento de História

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1808-8139.v0i11p52-61

Palavras-chave:

identidade nacional, representações políticas, Rio de Janeiro, Independência, festas cívicas, Primeiro Reinado

Resumo

Utilizando-se de jornais coevos, relatos de viajantes e relatórios de diplomatas estrangeiros, este artigo analisa a rápida invenção do Grito do Ipiranga, de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822 como o dia da independência do Brasil. Contrariamente àqueles que argumentam ter levado algum tempo para que as ações de D. Pedro naquele dia fossem consideradas como o momento fundador da nação brasileira, este artigo defende que foi em 1823 que se reconheceu a data como o dia da independência do Brasil. No entanto, até o final da década de 1820, esse dia foi considerado menos importante como festividade nacional que o 12 de outubro, aniversário do imperador, comemoração de sua aclamação em 1822, e, consequentemente, o dia em que o império brasileiro foi criado. Conclui-se o presente texto com uma discussão sobre as importantes mudanças, em 1830, no significado dos dois dias e a extinção do 12 de outubro, em 1831, como um dia de festividade nacional, o que deixou o 7 de setembro como o feriado nacional mais importante do Brasil.

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Publicado

2010-05-01

Edição

Seção

Artigos