O jornalismo comunitário, a democracia e as identidades individuais e coletivas

Autores

  • Giuliano Tonasso Galli Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v23i1p99-124

Palavras-chave:

Comunicação popular, Jornalismo comunitário, Identidade, Representação, Liberdade de expressão

Resumo

Este artigo destaca o direito à informação e a liberdade de expressão como fundamentais para o cumprimento efetivo de ideais intrínsecos à democracia. Os meios de comunicação tradicionais, na forma como se configuram, não são capazes de representar uma parte da população, que não se encaixa naquilo que os próprios veículos e seus anunciantes estabelecem como perfil de público-alvo e de consumidor em potencial. Com isso, cidadãos acabam sendo solenemente obliterados de várias práticas comunicacionais, em especial jornalísticas. No sentido de retratar os acontecimentos relativos a uma determinada região, este artigo ressalta o jornalismo comunitário como um poderoso instrumento de representação social, de expressão e de discussão de valores de um grupo, ocupando uma lacuna deixada pela imprensa de grande porte.

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Biografia do Autor

  • Giuliano Tonasso Galli, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Mestrando em Ciências da Comunicação e graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). É especialista em Direitos Humanos, mais especificamente no direito à Liberdade de Expressão, e representa o Instituto Vladimir Herzog na Comissão Permanente do Direito à Liberdade de Expressão do Conselho Nacional de Direitos Humanos

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Publicado

2021-02-03

Como Citar

O jornalismo comunitário, a democracia e as identidades individuais e coletivas. (2021). Revista Alterjor, 23(1), 99-124. https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v23i1p99-124