Cidade Alerta e Modo de Endereçamento: o papel dos mediadores na cobertura do “Caso Marcela”

Autores

  • Michele Negrini Universidade Federal de Pelotas
  • Natália Redü Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v24i2p249-267

Palavras-chave:

Modo de endereçamento, Cidade Alerta, Morte, Mediadores, Caso Marcela

Resumo

A apresentação de eventos de morte no telejornalismo é uma tarefa complexa para os veículos de comunicação e que requer cautela por parte dos jornalistas. No caso Marcela, a mãe da jovem ficou sabendo ao vivo de seu falecimento pelo Cidade Alerta, o que gerou grande repercussão em redes sociais e em outros veículos de comunicação. O apresentador Luiz Bacci e o programa foram muito criticados. A partir disso, o presente artigo tem como foco principal analisar o papel do apresentador, repórteres e cinegrafistas na apresentação do caso no Cidade Alerta. Vamos tomar as discussões de modo de endereçamento como olhar teórico-metodológico, a partir das discussões de Gomes (2007).

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Biografia do Autor

  • Michele Negrini, Universidade Federal de Pelotas

    Doutora em Comunicação pela PUC RS. Tem pós-doutorado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), no programa de pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Integrante do núcleo de pesquisadores do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Telejornalismo (GIPTele).

  • Natália Redü, Universidade Federal de Pelotas

    Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pelotas. Pós Graduada em Direito Público com formação para magistério superior pela UNISUL/SC. Graduada em Jornalismo na Universidade Federal de Pelotas/RS.

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Publicado

2021-08-02

Como Citar

Cidade Alerta e Modo de Endereçamento: o papel dos mediadores na cobertura do “Caso Marcela”. (2021). Revista Alterjor, 24(2), 249-267. https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v24i2p249-267