As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais

Autores

  • Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672017v25n2d05

Palavras-chave:

Colonialismo, Companhia de Diamantes de Angola, Museu do Dundo, Cokwe, Escultura

Resumo

Fundada em 1917, a Companhia de Diamantes de Angola (Diamang) ocupava uma vasta região da Lunda Norte e Lunda Sul. Além das ações voltadas para a exploração de diamantes, essa empresa concessionária constituiu em 1936 o Museu do Dundo, um espaço destinado a colecionar objetos relacionados, sobretudo, aos povos que habitavam a sua área de atuação. Os objetivos cada vez mais ambiciosos e o receio da extinção de uma arte reminiscente do “tempo tribal” levaram o Museu do Dundo a organizar não apenas expedições de recolhas de objetos, mas também a contratar e manter “protegidos” em seus domínios escultores de madeira e de marfim a fim de evitar que as transformações ocasionadas pela situação colonial influenciassem os trabalhos desses homens. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre como os anseios fictícios do Museu em relação a esses escultores foram fundamentais para compreender as constantes tensões e dificuldades em enquadrar em seu espaço não apenas esses próprios homens, mas também as suas produções.

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Estudos de Cultura Material/Dossiê

Como Citar

BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva. As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 117–139, 2017. DOI: 10.1590/1982-02672017v25n2d05. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139692.. Acesso em: 16 abr. 2024.