Razão, religião e revolução: luzes e sombras nas telas de Jacques-Louis David

Autores

  • Claudio Aguiar Almeida Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672016v24n0309

Resumo

O artigo analisa a produção pictórica de Jacques-Louis David entre o final da década de 1770 e 1793, destacando o entrelaçamento entre arte, religião e política nas obras do artista francês. Em sua luta contra o Antigo Regime, “filósofos artistas”, como Jacques-Louis David, apossaram-se das armas que eram manipuladas, há séculos, por um de seus principais inimigos: a Igreja. A transmissão do ideário iluminista não poderia ficar restrita à “aridez” dos textos acadêmicos, devendo buscar na religião e nas artes o “encantamento” indispensável à conquista de olhos, ouvidos, cérebros e corações. Depois de recorrer aos heróis das antigas Grécia e Roma, Jacques-Louis David debruçou-se sobre os homens do seu tempo: os deputados de O juramento do jogo de pela e os mártires que sacrificaram suas vidas em prol da revolução. Entrelaçando a arte clássica com a cristã, razão, revolução e religião, Jacques-Louis David forjou estratégias que seriam mobilizadas na propagação de líderes e ideários políticos nos séculos XIX e XX.

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Estudos de Cultura Material

Como Citar

ALMEIDA, Claudio Aguiar. Razão, religião e revolução: luzes e sombras nas telas de Jacques-Louis David. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 24, n. 3, p. 269–298, 2016. DOI: 10.1590/1982-02672016v24n0309. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/126849.. Acesso em: 19 abr. 2024.