PCH: a preservação do patrimônio cultural e natural como política regional e urbana

Autores

  • Paulo Ormindo de Azevedo Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672016v24n0109

Resumo

Este texto analisa as raízes do Programa das Cidades Históricas, sua criação em 1973 e sua desativação no início da década de 1980. Suas raízes estariam na inserção do Iphan na rede de cooperação internacional, no ideário de seu principal articulador, o arquiteto Renato Soeiro, e no objetivo do governo militar de promover o desenvolvimento da região Nordeste. Para sua criação, teria contribuído a presença de nordestinos e nortistas em ministérios e altos postos do governo militar. Após 36 anos da criação do Sphan, o protagonismo das ações sobre o patrimônio seria transferido do Rio de Janeiro para o Recife, fortalecendo grupos locais e dando início a uma disputa pelo controle do Iphan. Sem contar mais com o apoio da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Presidência da República, o PCH começa a ser desativado em 1979, no governo do Gal. João Figueiredo, com uma nova política cultural destinada a criar uma base popular para a "abertura política gradual e controlada". Paralelamente a essa mudança ideológica, se acirra a disputa entre os grupos do Recife e do Rio de Janeiro e se dá a progressiva desativação do PCH.

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Publicado

2016-04-01

Edição

Seção

Estudos de Cultura Material/Dossiê

Como Citar

AZEVEDO, Paulo Ormindo de. PCH: a preservação do patrimônio cultural e natural como política regional e urbana. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 24, n. 1, p. 237–256, 2016. DOI: 10.1590/1982-02672016v24n0109. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/119847.. Acesso em: 16 abr. 2024.