O silêncio dos inocentes: o papel dos animais em narrativas expositivas

Autores

  • Mariana Galera Soler Universidade de São Paulo
  • Maria Isabel Landim Universidade de São Paulo; Museu de Zoologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672017v25n0210

Palavras-chave:

Animais em exposição, Musealia, Museus de História Natural, Musealização

Resumo

Os animais são entidades polissêmicas que se tornaram objetos de museus tão cedo as coleções surgiram. Neste trabalho, o animal é entendido como interface entre duas áreas: enquanto objeto de estudo da zoologia e também como musealia. Discutem-se, então, as funções comunicativas exercidas por animais em exposições contemporâneas de museus de história natural. Para tanto, foram descritas e analisadas exposições de três museus sul-americanos de história natural: “Las aves” - Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernadino Rivadavia; “Tiempo y materia: laberintos de la evolución” - Museo de La Plata; e “Conchas, corais e borboletas” - Museu Nacional do Rio de Janeiro. Nossa análise sugere que a construção teórica das narrativas está restrita aos textos e que os animais emprestam suas estruturas para ilustração, servindo como evidências da realidade e fornecendo materialidade da teoria, restritos ao seu apelo estético, tridimensionalidade e capacidade de atração de público.

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Museus

Como Citar

SOLER, Mariana Galera; LANDIM, Maria Isabel. O silêncio dos inocentes: o papel dos animais em narrativas expositivas. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 269–289, 2017. DOI: 10.1590/1982-02672017v25n0210. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139697.. Acesso em: 19 abr. 2024.