Absorção, teatralidade e a tradição da pintura francesa na obra de Henri Matisse

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2019.158795

Palavras-chave:

Matisse, absorção, figuras de alteridade

Resumo

O artigo examina as noções de “absorção” e “teatralidade” propostas por Michael Fried e retomadas por Yve-Alain Bois nos textos em que escreveu sobre a obra de Henri Matisse. Uma das questões centrais abordadas é o modo como a obra de Matisse resiste ao regime volátil de percepção precipitado pela modernidade industrial e como insta a um tipo de atenção a um só tempo contemplativa e difusa. Discute, além disso, como essa modalidade de percepção, que dispersa e difunde a atenção, e que é própria à pintura de Matisse, parece sintetizar duas vertentes opostas da tradição pictórica francesa: a dinâmica do olhar cambiante do Rococó e o estado de absorção que marca as pinturas de Greuze e Chardin.

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Biografia do Autor

  • Ilê Sartuzi, Universidade de São Paulo (USP), Brasil

    Ilê Sartuzi é artista e pesquisador. Desenvolve seus estudos na USP, onde organiza uma série chamada Debates da Arte Contemporânea. Em 2018, sua pesquisa “Imagens da alteridade na obra de Henri Matisse” recebeu a bolsa de incentivo da Fapesp. Trabalhou no Núcleo de Pesquisa e Formação do Centro Universitário Maria Antonia da USP e, como pesquisador, produtor e assistente, para o curador suíço Hans Ulrich Obrist, acompanhando seu projeto de entrevistas no Brasil (2016-2017). Colaborou com a revista de arte contemporânea mexicana Terremoto e com a revista carioca Jacarandá. É cocriador e organizador do Projeto arte_passagem; convidou a artista carioca Ana Matheus Abbade para colaborar com a intervenção Faço pé e mão (2018), na vitrine. Suas exposições mais recentes incluem o Programa de Exposições do Museu de Arte de Ribeirão Preto (2017; 2015), PAREDÃO, no Centro Cultural São Paulo (CCSP – 2018); Ainda não (2017) e VERBO (2018), estas duas últimas na Galeria Vermelho, São Paulo, em colaboração com o grupo de pesquisa Depois do Fim da Arte, que acompanha desde 2015.

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Publicado

2019-08-31

Edição

Seção

Diálogos com a Graduação

Como Citar

Absorção, teatralidade e a tradição da pintura francesa na obra de Henri Matisse. (2019). ARS (São Paulo), 17(36), 253-269. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2019.158795