A insurreição da imagem ou quando o cinema visita Raoul Ubac

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2021.169683

Palavras-chave:

Raoul Ubac, Informe, Fotografia, Cinema, Materialidade

Resumo

A história das imagens no cinema e na fotografia é inscrita sobre uma base material comum coordenada pelos instrumentos de criação da fotografia. Mesmo compartilhando substratos equivalentes, seus processos artísticos não poderiam ser mais dessemelhantes. Neste artigo, colocaremos em evidência algumas iniciativas de cineastas-artesãs que estreitam a distância entre os diferentes métodos e nos fazem pensar a materialidade do cinema. Para tanto, percorreremos o período em que o artista Raoul Ubac subverte o caráter figurativo da fotografia e, com o apoio de Georges Bataille, Rosalind Krauss e Agostinho de Hipona, nos dedicaremos a refletir sobre o informe tanto nas obras fotográficas de Ubac quanto em três filmes manufaturados nos ateliers L’Etna e L’Abominable na França.

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Biografia do Autor

  • Andréa C. Scansani, Universidade Federal de Santa Catarina

    Andréa C. Scansani é professora e pesquisadora no curso de Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) com período sanduíche no Institut du Recherche sur le Cinéma et L’audiovisuel (IRCAV – Sorbonne Nouvelle – Paris 3); mestre em Multimeios/ Cinema pelo Instituto de Artes da Unicamp; especializada em Fotografia Cinematográfica pela Academia de Cinema e Drama de Budapeste/Hungria; graduada em Cinema com especialização em Fotografia Cinematográfica pela ECA/USP.

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Publicado

2021-04-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A insurreição da imagem ou quando o cinema visita Raoul Ubac. (2021). ARS (São Paulo), 19(41), 53-101. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2021.169683