Pensar a desconstrução do cinema a partir de 68

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2022.176574

Palavras-chave:

Cinema de vanguarda, Desconstrução, Estruturalismo

Resumo

Motivado pela ampla politização que insurge com fôlego nos últimos anos da década de 1960, o cinema ensaia uma virada institucional, proclamando uma nova vanguarda. Na França se falará em desconstruí-lo, adequando-o a um debate sintonizado ao estruturalismo. Este artigo pretende explorar o cinema produzido a partir de 68 em suas conversas prático-teóricas com a desconstrução estruturalista e algumas variações, tomando o trabalho de Jean-Luc Godard como referência. A proposta visa a expandir a análise e pretende apontar uma diversificação conceitual no Brasil no chamado cinema marginal.

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Biografia do Autor

  • Leonardo Gomes Esteves, Universidade Federal de Mato Grosso

    Leonardo Gomes Esteves é Mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Doutor em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/ PUC-Rio com estágio doutoral na Université Sorbonne Nouvelle (Paris 3). É Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGHIS/UFMT) e do bacharelado em Cinema e Audiovisual na mesma instituição.

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Publicado

2022-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pensar a desconstrução do cinema a partir de 68. (2022). ARS (São Paulo), 20(46), 326-376. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2022.176574