Pesquisa em arte por ocasião dos doutorados baseados na prática. Um estudo do caso da Universidade de Paris 1 Sorbonne
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2012.64427Palavras-chave:
artes visuais, artes plásticas, doutorado, escritos de artistas, metaprática, métodos, pesquisa, ciênciasResumo
Em várias instituições acadêmicas coloca-se a questão de abrir a pesquisa em mestrado e doutorado a outras abordagens, além dos dispositivos científicos clássicos do PhD ou do doutorado de especialidade. O que está em pauta, portanto, são os doutorados profissionais e aqueles baseados na prática. Um dos primeiros exemplos nesse campo foi desenvolvido no Reino Unido, com os doutorados baseados na prática em artes criativas e cênicas e em design [Practice-based Doctorates in the Creative and Performing Arts and Design]. Após essa experiência, pelo mundo todo pergunta-se sobre a natureza desses doutorados, que poderiam eventualmente não mais necessitar da elaboração de uma tese redigida para acompanhar o artefato inventado ou criado. Neste artigo, tratarei essas questões com base em uma abordagem crítica do sistema doutoral posto em prática na Sorbonne desde os anos 1970. A partir da história dos candidatos e da história das instituições, questionarei os dispositivos científicos e artísticos implantados e as limitações e problemas gerados. A primeira parte deste artigo é dedicada aos processos de condicionamento axiológico dos estudantes. A segunda parte, ao processo de artificação de suas práticas; e a terceira, ao debate sobre os problemas epistemológicos da pesquisa em arte, confrontada com a pesquisa científica e com os problemas encontrados pelos doutorandos. Ao final, são abordados os instrumentos e métodos trazidos pelas ciências humanas e sociais.
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