A paisagem como forma simbólica: uma análise da teoria da paisagem de Anne Cauquelin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2021.174769

Palavras-chave:

Paisagem, Forma simbólica, Percepção visual

Resumo

No ensaio A invenção da paisagem, a filósofa Anne Cauquelin investiga possíveis relações entre a produção imagética ocidental no gênero paisagem e a percepção visual do espaço como paisagem. Compreendendo a paisagem como uma peculiar forma simbólica, a filósofa defende que sua percepção resulta de um perene processo de aprendizagem que cria tanto a existência da paisagem como objeto da sensibilidade quanto as condições específicas para sua identificação com a realidade. Este artigo procura apresentar como o conceito de forma simbólica aparece e se desdobra em A invenção da paisagem, destacando o recorte referencial e a articulação autoral de Cauquelin diante da origem neokantiana do conceito em Ernst Cassirer e de sua retomada na história da arte por Erwin Panofsky.

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Biografia do Autor

  • Guilherme Sebastião, Universidade Federal do ABC

    Guilherme Sebastião é bacharel em Publicidade e Propaganda pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e bacharel em Ciências e Humanidades pela Universidade Federal do ABC, onde atualmente cursa o bacharelado em Filosofia. É membro do grupo de estudos Imagem e Subjetividade e tem interesse pelos diálogos contemporâneos entre filosofia, curadoria e crítica de arte.

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Publicado

2021-04-30

Edição

Seção

Diálogos com a Graduação

Como Citar

A paisagem como forma simbólica: uma análise da teoria da paisagem de Anne Cauquelin. (2021). ARS (São Paulo), 19(41), 492-521. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2021.174769