Por mais tempo afogado

considerações sobre Le Noyé, de Bayard

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2020.148976

Palavras-chave:

fotografia, morte, performatividade, simulação, Pathosformeln

Resumo

Ao perceber, no autorretrato como um homem afogado, de Bayard, certa semelhança entre a pose corporal de sua fotografia e de outras produções visuais engendradas ao longo da história ocidental, estruturou-se um painel com 27 imagens baseado no conceito warburguiano de Pathosformeln para discutir as transformações diante da confrontação com a morte na sociedade ocidental, estudadas por Huizinga, Ariès e Morin. Por outro lado, a análise de Poivert sobre as relações dessa fotografia com o teatro, a biografia de Chatterton e a pintura da morte do poeta possibilitou pensar as noções de jogo, de ritual e de performatividade, presentes em Schechner; o caráter forjado da poesia chattertoniana, discutido por Groom; e a forte simulação desse afogado a partir de Baudrillard.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Fábio Luiz Oliveira Gatti, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Brasil

    Artista visual e professor. Oferece cursos livres sobre processos criativos em fotografia e teoria/história da fotografia no Ativa Atelier Livre, em Salvador. Desde 2014, atua como professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA-UFBA) e, atualmente, exerce a função de professor substituto na Faculdade de Comunicação da UFBA. É Doutor em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Mestre em Artes Visuais pela EBA-UFBA. Fez duas especializações, uma em Fotografia e outra em História e Teorias da Arte, ambas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Realizou Pós-doutorado, com bolsa CAPES-PNPd, na EBA-UFBA, a partir do qual organizou, junto com Rosa Gabriella de Castro Gonçalves, o livro A operação artística: filosofia, desenho, fotografia e processos de criação (Edufba, 2017). Em 2018, publicou, pela mesma editora, o livro bilíngue Futuro fora do tempo: poética, fotografia e incertezas. Desenvolve pesquisas com ênfase na prática fotográfica e na teoria e historiografia da fotografia e suas relações com o campo das artes visuais contemporâneas.

Downloads

Publicado

2020-10-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Por mais tempo afogado: considerações sobre Le Noyé, de Bayard. (2020). ARS (São Paulo), 18(39), 179-199. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2020.148976