A contemporaneidade de Bispo

Autores

  • Kaira Marie Cabañas University of Florida

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2018.143624

Palavras-chave:

Arthur Bispo do Rosário, arte contemporânea brasileira, arte psiquiátrica, Frederico Morais

Resumo

Arthur Bispo do Rosário, paciente psiquiátrico que representou o Brasil na Bienal de Veneza de 1995, talvez seja o artista outsider mais conhecido do país. A análise que proponho de sua obra considera o significado de respeitar os direitos dos loucos, abordando seus trabalhos pela perspectiva da arte contemporânea. Bispo nunca atribuiu estatuto artístico à sua produção. Investigo se classificar seu trabalho como arte contemporânea, como faz Frederico Morais, não abandona um tipo de controle epistêmico (o psiquiátrico) para adotar outro: um formalismo estético atemporal. Defendo a necessidade de mais estudos para compreender como Bispo, cuja identificação psicopatológica se confunde com a discriminação de raça e de classe, se tornou um dos artistas brasileiros de maior prestígio.

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Biografia do Autor

  • Kaira Marie Cabañas, University of Florida

    Professora de história da arte na Universidade da Flórida, em Gainesville, e autora dos livros The myth of nouveau réalisme: art and the performative in Postwar France (Yale University Press, 2013) e Learning from madness: Brazilian modernism and global contemporary art (University of Chicago Press, 2018). Foi curadora convidada da exposição “Espectros de Artaud: Linguagem e as Artes nos Anos 50”, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri (2012). Possui bacharelado em estudos comparados pela Duke University (1995), mestrado em história da arte pela Yale University (2000), e doutorado em história da arte pela Princeton University (2007). Cabañas também escreve para a revista Artforum.

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Publicado

2018-04-13

Edição

Seção

Artigos