ENTRE, LOUCURA: entre também, juízo

Autores

  • Paula Baraldi Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v4i1p50-61

Palavras-chave:

Fauzi Arap, Flávio Império, Teatro Brasileiro, Traje de Cena, Vida e Arte

Resumo

O tema da loucura, abordado no teatro, funciona como metalinguagem, uma vez que o teatro faz parte do domínio de Dioniso, o deus louco, delirante. À luz dos helenistas Jean-Pierre Vernant, Karl Kerényi e Jaa Torrano, e das teorias de Michel Foucault, C.G. Jung e Nise da Silveira analisamos as personagens “loucas” nas peças Pano de boca, 1976, e Um ponto de luz, 1977, ambas escritas e dirigidas por Fauzi Arap, com visual de Flávio Império. Por meio das congruências entre essas figuras supraconscientes, buscamos compreender a questão colocada por Arap, o limiar entre a loucura e a razão, o consciente e o inconsciente. 

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Biografia do Autor

  • Paula Baraldi, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes
    Mestranda em Artes Cênicas na Escola de Comunicações e Artes - Universidade de São Paulo, onde pesquisa a criação de Flávio Império em sua parceria de trabalho com Fauzi Arap. Possui graduação em Desenho de Moda pela Faculdade Santa Marcelina (São Paulo, 2010) e especialização em Cenografia e Figurino pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2012). É pesquisadora e figurinista do Grupo 42 Coletivo de Teatro e pesquisadora e assistente de curadoria do Acervo Flávio Império. Possui experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Cênicas, Figurino e Cenografia.

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Publicado

2014-06-30

Edição

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Artigos

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