On the anatomy of wood showing affinities with the genus vertebraria royle, from the irati formation, state of São Paulo, Brazil

Autores

  • Diana Mussa Comissão Nacional de Energia Nuclear

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8978.v9i0p153-179

Resumo

Os resultados das pesquisas em lignispécimes permineralizados da formação Irati (Permiano médio a superior), Estado de São Paulo, Brasil, fornecem novos subsídios para o entendimento de diversas questões ainda pendentes, quanto às estruturas xílicas anatomicamente afins aos órgãos vasculares do tipo "Vertebrada". Plano xilico novo, que incluia raízes e caules deveria ter existido em todo ò Gondwana, a partir do tempos pós glaciais, ao final do Permiano. Até o presente, bom número de amostras foi descrito sob unidade taxonômica, única, designada Vertebraria indica Royle 1939. Presumivelmente esse taxon não inclui, somente, um gênero, mas, preferencialmente, representa um complexo de gêneros distribuidos através do Gondwana. Os mesmos podem ser grupados com base em importantes características, bastante semelhantes, como: 1) configuração estélica, em cunhas, assemelhando-se ao plano estélico de "Vertebraria 2) anéis de crescimento ondulantes associados a crescimento assimétrico do cilindro vascular, como resultado da atividade cambial das células dos raios e das células de parênquima presentes nos anéis; 3) arranjo das pontuações, sobre as paredes radiais dos traqueídeos, bastante peculiar; esse arranjo parece ter sido comum, tanto em ápices caulinares de glossopterídeas, quanto em órgãos vasculares designados como "Vertebraria". Na presente pesquisa foi possível identificar gêneros independentes e definidos com base em estruturas bem preservadas, relativas a traços foliares e a traços de raízes adventícias; tornou-se possível a identificação de estrutura nodal típica e um modo bastante característico de emitir ramos, em algumas das amostras. Embora todas as formas, aqui estudadas, não tenham sido classificadas no gênero Vertebraria, são compatíveis em muitos aspectos ao referido gênero. Portanto, oferecemos uma discussão a respeito do complexo Vertebraria e concluímos que Tordoxylon Kràusel 1956 é um gênero válido, o qual pode ser reconhecido em meio ao referido complexo, levando-se em consideração o seu plano xilico, muito peculiar. Alguns problemas relativos à nomenclatura dos espécimes são também discutidos no presente trabalho. Apreciação preliminar, sobre o significado paleoecológico, das estruturas anatômicas, foi aqui situada, tendo em vista o rápido surgimento e desaparecimento dessas formas gondwanicas.

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Publicado

1978-12-01

Edição

Seção

nao definida