Sea-hares and side: gilled slugs from Brazil

Autores

  • Eveline s.n.
  • Ernst Marcus

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241955000100001

Resumo

A espécie mais comum de Aplysia, no litoral superior da costa de S.Paulo, é A.brasiliana Rang, 1828, descrita do Rio. A.livida d'Orbigny, 1837, também do Rio, foi expressamente separada de brasiliana por d'Orbigny e, por isso, figura no Manual de Pilsbry (1895-96) como espécie a parte. As diferenças, porém, revelam-se como variações da cor. Há lesmas acastanhadas escuras, cor de chocolate, esverdeadas, oliváceas, e outras quase cor de creme. As mais das vezes, são malhadas. Contribuem para a composição do colorido: 1) a côr geral do corpo, verde garrafa, ora mais clara ora mais escura, acinzentada, ou mais ou menos carregadamente amarelada; 2) o pigmento superficial preto ou sépia, de quantidade muito variável; e 3) o conteúdo de glândulas cutâneas, também extremamente variável e caduco como caráter colorativo nos liquidos de conservação. Areas claras e escuras alternadas no lado interno da orla dos parapódios ocorrem na maioria dos exemplares, mas, são variavelmente nitidas e, ás vezes, faltam. As relações entre as algas alimentares e a idade por um lado e o colorido pelo outro merecem estudo. Rang descreveu material conservado; d'Orbigny, lesmas viventes. O aspecto das figuras difere muito, porque a regiào anterior se contrai especialmente, no momento da conservação, e os animais de d'Orbigny, um em natação e o outro deslizando sobre o substrato, se apresentam maximamente estendidos. Conchas de individues de brasiliana de tamanho semelhante variam menos em comprimento do que em largura. Lesmas adultas foram vistas em todas as estações do ano, quase em todos os meses. Ovipostura ocorre defins de agosto até meados de dezembro; de outras épocas faltam talvez apenas as observações. Lesmas de 0,9mm, ao comprido,, quando vivas, incolores, sem rinóforos, mas com olhos, consideramos como recém-metamorfoseadas. Um animal de 2, 5mm foi o primeiro a produzir secreção purpúrea. Os nervos que suprem os tentáculos desenvolvem-se antes dos rinoforiais; órgãos copuladores, muito mais cedo que as gônadas. Aplysia dactylomeia Rang, 1828, verificada nos dois lados do Atlântico, aproximadamente entre Lat. 35º N e 35º S, vive também na costa de S. Paulo, mas não é comum no eulitoral, na zona das nossas pesquisas. O caráter principal de Aplysia juliana Q. &G. é a sola. Anteriormente, é sub-dividida em dois lóbulos contrécteis; posteriormente, é arredondada e forma um disco sólido, firmemente aderente ao substrato. Os parapódios apresentam-se bastante concrescidos; lesmas desprendidas do substrato e soltadas nágua afundaram-se sem nadar. A secreção da glândula purpúrea é esbranquiçada; a da glândula opalina, viscosa e cheirosa. A espécie, até agora encontrada somente em uma localidade da costa de São Paulo, Ubatuba, foi comparada com as descrições de juliana da Florida (badistes, Pilsbry 1951), da Africa do Sul, e do Indico-Pacifico ocidental. A extensão do sulco nos rinóforos varia; a abertura do manto é grande (badistes, capensis, sibogae do Japão); a concha é bem calcificada (também em badistes); 3-4 placas marginais de rédula não possuem ponta (1-2 no material de Macnae, 1955). Confirmam-se os tubérculos na base da bainha penial (Macnae). Cada plaquinha cuticular da mandíbula de Berthella agassizii (MacFarland 1909) é formada por uma célula muito alta. Os órgãos reprodutivos desta espécie foram descritos. Pleurobranchus (Oscanius) amarillius Mattox 1953 pertence a Berthellina Gardiner 1936 e aproxima-se muito a B. quadridens (Mörch 1863). Em Pleurobranchaea hamva, spec.nov., de Cananéia e Ilhabela, a membrana branquial ocupa três quartos do comprimento do ctenidio; o anus localiza-se ao nivel do centro da branquia; o nefróporo, ao da segunda pinula. P.hamva difere da outra espécie brasileira, P. inconspicua Bergh 1897, da qual se conhece um exemplar de Sergipe, pelo numero das placas da radula e por pormenores dos dutos do sistema reprodutivo. O colar ao redor do orificio genital tem um processo dorsal. Como foi visto por Bergh (1898) e Pruvot-Fol (1926), as lesmas comem, és vezes, outras da mesma espécie. Além de inconspicua, foram comparadas ainda 17 espécies e variedades de Pleurobranchaea.

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Publicado

1955-01-01

Edição

Seção

naodefinido