Distribution and annual occurrence of Chaetognatha off Cananeia and Santos coast (São Paulo, Brazil)

Autores

  • M. S. de Almeida Prado Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241968000100003

Resumo

Foram tomadas amostras verticais de plâncton em três estações fixas ao largo de Cananéia (1958, 1959 e 1960) e ao largo de Santos (1960 e 1961). Em 1961 foi acrescentada uma quarta estação ao largo de Santos. O presente trabalho é um estudo dos Chaetognatha nesta área: distribuição das espécies segundo as diferentes massas de água e distribuição vertical. Abrange também o estudo da variação anual das espécies que visa a análise da ocorrência dos diferentes estágios de desenvolvimento. As seguintes espécies foram encontradas: Sagitta enflata, S. friderici, S. hispida, S. serratodentata, S. minima, Krohnitta pacifica, K. subtilis, Pterosagitta draco, S. friderici: foi a espécie mais abundante em águas pouco salinas próximas à costa e assim mais abundante ao largo de Cananéia do que ao largo de Santos; é pois espécie indicadora de água costeira. S. enflata: sua maior ocorrência se encontra em águas mais oceânicas e salinas do que as de S. friderici. É, pois, espécie indicadora de água de plataforma embora também ocorra em menor quantidade em águas costeira e tropical. Há indícios de que a população vive principalmente a meia água e de que realiza, ao meio dia, migração para camadas mais profundas mesmo através da termoclina. S. hispida e K. pacifica: segundo o diagrama T-S-P preferem água da plataforma. Entretanto, a sua distribuição anual irregular ao largo de Santos e Cananéia sugere que elas precisam de massas de águas misturadas para a sua sobrevivência. As duas espécies são típicas de águas superficiais e há indicações de que realizam migrações verticais para camadas mais profundas durante o dia. S. serratodentata e S. minima: foram coletadas em pequeno número nas poucas amostras tomadas em águas tropicais. Entre todas as espécies de Chaetognatha coletadas nesta área, estas duas espécies mostraram preferência por águas mais oceânicas. Foi observada migração vertical de S. serratodentata, ao meio dia e através da termoclina. S. minima: não forneceu dados que demonstrassem migração vertical na série de amostras da migração vertical, entretanto, ela sempre ocorreu nas camadas de água abaixo de 25 m de profundidade. K. subtilis: ocorreu em pequeno número e somente na série de amostras da migração vertical. P. draco: também ocorreu excepcionalmente na série anual de amostras, porém, sempre em águas oceânicas. A pequena ocorrência destas duas últimas espécies não forneceu dados conclusivos a respeito de sua ecologia. Os dados obtidos do presente material não indicam que haja épocas especiais de reprodução mas que todas as espécies se reproduzem continuamente durante o ano.

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Publicado

1967-12-31

Edição

Seção

naodefinido