Contribuição ao estudo das correntes de superfície sobre a plataforma continental do Estado de São Paulo, Brasil (Lat. 24º00'S - 25º10'S até Long. 45º40'W)

Autores

  • Ellen Fortlage Luedemann Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241979000200006

Resumo

Durante a viagem de julho-agosto de 1977, do Sub-Projeto "Hidrodinâmica Costeira" (Projeto FINEP), foram efetuados lançamentos de garrafas-de-deriva diante do litoral paulista para o estudo da circulação em superfície. De 580 garrafas, foram recuperadas 54 ou seja, 9,3%. As garrafas encontradas ao sul, algumas apos percursos longos, revelaram terem sido transportadas por uma corrente maior nessa direção - a Corrente do Brasil. Outras, lançadas mais próximas a costa (± Long. 046º10'W para oeste nesta área), derivaram em uma corrente mais forte para o norte (NW, NE). As velocidades dessas transportadas nessa direção, eram mais elevadas (< 5,4 mn/dia) do que daquelas que derivam para o sul (< 3,9 mn/ dia) . Esse fato parece confirmar que, nos meses de inverno, a Corrente do Brasil flui mais proximo á costa, formando meandros e giros que retardam o fluxo da corrente. As correntes rotatórias observadas por Mesquita et al.. (1977), no ponto fixo, explicariam também as recuperações de garrafas obtidas de uma mesma estação em direções opostas, sendo que as encontradas a nordeste, lançadas a leste da Long. 046º00'W perfaziam os percursos apos longos períodos de tempo, apresentando assim velocidades bem baixas (ao redor de 1 mn/dia). Parecem ter permanecido mais tempo nessas correntes rotatorias. Ventos mais freqüentes do NE e NNE (Mesquita et al.., 1977) justificam a recuperação maior de garrafas a SW do local de lançamento, enquanto ventos mais fortes de SSW seriam, em parte, responsáveis pela velocidade maior da corrente norte em relação àquela dirigida para o sul.

Downloads

Publicado

1979-01-01

Edição

Seção

Artigos