Embebição e Germinação de Sementes de Phaseolus vulgaris Irradiadas com Raios Gama

Resumo

Sementes de feijoeiro (Phaseolus Vulgaris), variedade "bico-de-ouro", foram irradiadas com raios gama de uma Fonte de CS^I37. Mediu-se a velocidade de germinação, a 30ºC, em teor ótimo e em excesso de água de embebição. Dos resultados ressalta-se a germinação significativamente maior (p< 0,05) encon­trada após 24 horas de germinação, com um tratamento de 5 Kr, nos dois teores de água. Esta diferença permanece como tendência nas horas seguintes, apesar de não ser detectável pelo teste estatístico empregado (X²). Outras diferenças estatisticamente significativas também foram encontradas, principalmente in­dicando um retardamento ou inibição na germinação. Verificou-se também a manutenção da alta germinabilidade das sementes tratadas, mesmo em doses como 120 Kr, quando as sementes são germinadas em condições ótimas. A germinabilidade revelou-se significativamente menor, em doses altas, quando a germinação ocorre em condições de excesso de água. Nas doses de 20 Kr e acima, nota-se um retardamento na germinação, principalmente nas primeiras 24 horas. Nas sementes germinadas em teor ótimo de água ocorre uma re­cuperação deste atraso, notável principalmente após 40 horas de germinação. Esta recuperação não ocorre em sementes germinadas em excesso de água de embebição. Sugere-se que este efeito pode ser provocado pela interferência no metabolismo energético, importante no fenômeno da recuperação de danos rádio-induzidos, decorrente da menor velocidade de difusão de oxigênio nos te­cidos submetidos a um excesso de água de embebição. Os dados obtidos corro­boram os resultados apresentados por outros autores que indicam o segundo dia de germinação como fase mais sensível à ação das radiações X e gama sobre a germinação de sementes.