De que falam os Índios
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v25i25p366-379Palavras-chave:
Pierre Clastres, Hélène Clastres, linguagemResumo
Eu gostaria apenas de lembrar um aspecto da obra de Pierre Clastres talvez um pouco esquecido, encoberto pela questão do poder e, contudo, tão importante quanto ela: sua reflexão sobre a linguagem. O que é falar para os índios? O que sua relação com a linguagem revela e permite pensar acerca de sua “natureza dupla e essencial”: um questionamento que cada novo trabalho de campo o incitou a retomar?2 A fala sagrada dos índios guarani, cantos de caçadores guayaki, cantos-choro das mulheres, “comentários livres” dos profetas, relatos heroicos de sociedades de guerreiros do Chaco… uma diversidade de usos, de ritos, de criações verbais à qual ele estava particularmente atento e que fez questão de restituir, a fim de tornar sensível para nós a relação singular que os indígenas mantêm com a linguagem e a fala, essa “relação interior que é já em si mesma aliança com o sagrado”.
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Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha, Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do trabalho enviado.