Chache lavi Deyò: uma reflexão sobre a categoria refúgio a partir da diáspora haitiana no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v25i25p383-399Palavras-chave:
diaspora, migração transnacional, mobilidade haitiana, visto humanitário, refúgioResumo
O presente ensaio reflete sobre os sentidos analíticos e políticos do termo refúgio a partir de uma perspectiva que toma tal categoria como constructo social dotado de múltiplos significados. Busca-se revelar e problematizar as
dinâmicas sociais e lógicas de classificação articuladas no cenário brasileiro diante da recente chegada dos imigrantes haitianos. Nesse sentido, em um primeiro momento, exploram-se as políticas migratórias adotadas pelo Estado brasileiro para o caso específico dos haitianos e as implicações da criação do “visto permanente por razões humanitárias”, observando como as categorias “refugiados” e “imigrantes” foram mobilizadas pelo governo para enquadrar juridicamente ou não os haitianos nas políticas migratórias nacionais. A partir de uma angulação diferente, abordaremos ainda os sentidos sociais da diaspora e a centralidade dessa categoria êmica para a compreensão das lógicas classificatórias em jogo, através da reflexão sobre os valores morais expressos pela obrigação amplamente difundida no Haiti de “Chache lavi Deyò” (buscar melhores meios de vida fora).
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