Tática ou produção de subjetividade?: Uma análise de cinema documental ativista pela humanização do parto
Palavras-chave:
parto humanizado, documentário, neoliberalismo, subjetividade, biopolítica,Resumo
Em 1940 uma enfermeira norteamerica exibe o primeiro filme registrado sobre o parto nas Américas. Inspirada pelas teorias do obstetra inglês Grantly Dick-read, que preconizava a necessidade de descontruir “as imagens nefastas do parto”, Margaret Gamper abriu um campo de ação que ao longo dos anos 1990 e 2000 se tornaria uma tática central de luta pela humanização do parto: o documentário. Investigando a história do que hoje se conhece como “movimento pela humanização da assistência ao parto”, observamos uma entreita articulação entre o avanço de políticas e investigação nesse campo e um auge na produção de filmes sobre parto. Neste artigo analisa-se detidamente os discursos de humanização do parto em quatro filmes que tiveram grande circulação e exibição em diferentes países – Orgasmic Birth (EUA, 2008), de Debra Pascali-Bonaro; Le Premier Cri (França, 2007), de Gilles Maistre; Freedom for Birth (Reino Unido, 2013), de Tony Harman e Alex Wakeford; e por fim, O Renascimento do Parto (Brasil, 2013) de Érica de Paula e Eduardo Chauvet – para tentar explicar a função tática dessa produção cultural para o crescimento de demanda pelos serviços através de uma intensa produção de subjetividades.
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