Exemplos indígenas, o Covi-cho e algumas dicas contra o fim de mundo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp173-181Palavras-chave:
pensamneto ind´ígena, Covid-19, Qom (Tobas), Gran ChacoResumo
O objetivo do presente ensaio é por em diálogo certas perspectivas de fim de mundo narradas pelos indígenas Qom do Gran Chago argentino e os eventos decorridos da atual pandemia de COVID-19. Com o propósito de “amansar” o vírus, iremos nomeá-lo Covi-Cho e o situaremos na tensão entre “modelos” e “exemplos” que o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro propôs em texto de 2019. Como mostraremos, os fins de mundo para os coletivos indígenas na Argentina têm se apresentado vez e outra ao ritmo da criação da nação moderna. Contudo, eles permanecem lá, resistindo em seus devires. Em um contexto como o contemporâneo, onde os Estados ensaiam “modelos” para proteger a saúde dos cidadãos, nos perguntamos: podem estes “exemplos” indígenas nos ensinar algo sobre a presente crise sanitária global?
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