Um antropólogo no gabinete: Notas sobre etnografia e o trabalho no parlamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe185626

Palavras-chave:

parlamento, etnografia, política, brincadeira

Resumo

Este artigo discute como se dá o cotidiano do trabalho de um antropólogo no parlamento. A partir de reflexões de tom etnográfico de experiências do trabalho na equipe técnica do Deputado Distrital Fábio Félix (PSOL – DF) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, discuto o impacto da trajetória de formação em antropologia na feitura de documentos legislativos e na maneira de encarar o jogo político. As distintas maneiras de conceber relevância política, valorar os temas e contar histórias são discrepâncias que produzem estranhamentos no antropólogo que atuam no parlamento. Em síntese, no que pese as diferenças entre fazer etnografias e produzir leis, encarar o parlamento sem levar tão a sério a brincadeira é uma conciliação possível para seguir fazendo as duas coisas.

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Biografia do Autor

  • Gustavo Belisário, Universidade de Campinas

    Gustavo Belisário cursa doutorado em Antropologia Social na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e é assessor na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Fez mestrado em Antropologia Social na UnB pesquisando infância, brincadeira e política em uma etnografia com crianças do MST.

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Publicado

2021-07-08

Edição

Seção

Especial

Como Citar

Um antropólogo no gabinete: Notas sobre etnografia e o trabalho no parlamento. (2021). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 30(1), e185626. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe185626