Visão e o cheiro dos mortos: uma experiência etnográfica no Instituto Médico-Legal
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v23i23p77-89Palavras-chave:
Etnografia, Mortos, Olfato, Visão, Instituto Médico-Legal.Resumo
Neste artigo irei apresentar e analisar duas circunstâncias diferentes da “experiência etnográfica” que obtive ao realizar trabalho de campo no Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro (IML). A “primeira impressão” ao estar em contato com o campo e ver corpos mortos; e a “experiência revela- dora”, que ocorreu quando a pesquisa já estava em andamento, e me demonstrou como o cheiro é um elemento constitutivo das relações dos que circulam cotidianamente entres os corredores e salas do IML. Para tanto, acionando a percepção de dois sentidos humanos — a visão e o olfato —, analiso como no contexto pesquisado estes são ferramentas daqueles cuja principal atividade é a manipulação de corpos mortos (médicos legistas, papiloscopistas legistas e técnicos de necrópsia). Discuto ainda como, ao realizar trabalho de campo entre mortos, identifiquei as percepções visuais e olfativas como ferramentas metodológicas centrais para a reflexão da “experiên- cia etnográfica.”
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Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha, Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do trabalho enviado.