Cadernos de Campo (São Paulo - 1991)
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo
<p>A <strong>Cadernos de Campo – revista dos alunos de pós-graduação em antropologia social da USP</strong> - ISSN - 2316-9133 - é uma publicação semestral dedicada a divulgar trabalhos que versem sobre temas, resultados de pesquisas e modelos teórico-metodológicos de interesse para o debate antropológico contemporâneo e que possam contribuir no desenvolvimento de pesquisas em nível de pós-graduação, no país e no exterior. A revista aceita periodicamente contribuições nos seguintes formatos: artigos e ensaios inéditos, traduções, resenhas, entrevistas e produções estéticas.</p> <p>Criada em 1991, Cadernos de Campo é o resultado dos esforços continuados de alunas e alunos do programa de pós-graduação em antropologia social da Universidade de São Paulo na busca por produzir uma revista de qualidade e relevância para a debate acadêmico. Com o objetivo original de divulgar a produção do corpo discente do programa de pós-graduação em antropologia social da Universidade de São Paulo (PPGAS/USP), a revista tornou-se, ao longo desses anos, um importante periódico de abrangência nacional e internacional.</p> <p>ISSN: 0104-5679 (desde 1991)</p> <p>e-ISSN: 2316-9133 (desde 2012)</p> <p> </p> <p><strong>Política de Preservação digital</strong></p> <p>A revista está arquivada digitalmente nas bases de dados da Hemeroteca da Biblioteca Nacional de Brasil e da <a href="http://reports-lockss.ibict.br/keepers/pln/ibictpln/keepers-IBICTPLN-report.html">Rede Cariniana</a></p> <p><strong><br />Acesso Rápido:</strong></p> <p> <a title="http://revistas.usp.br/cadernosdecampo/user/register" href="http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/user/register" target="_self">Registre-se</a>| <a title="http://revistas.usp.br/cadernosdecampo/about/submissions#onlineSubmissions" href="http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/about/submissions#onlineSubmissions" target="_blank" rel="noopener">Submissões</a>| <a title="http://revistas.usp.br/cadernosdecampo/about/editorialTeam" href="http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/about/editorialTeam" target="_self">Comissão Editorial</a>| <a title="http://revistas.usp.br/cadernosdecampo/issue/archive" href="http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/issue/view/11526">Número atual</a>|<strong> </strong><a title="http://revistas.usp.br/cadernosdecampo/issue/view/4181" href="http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/issue/view/10569/showToc">Todos os números</a></p> <p><br />A <strong>Cadernos de Campo </strong>possui seus metadados indexados nos seguintes bancos de dados nacionais e internacionais:<br /><br /><a title="http://www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pmetabusca&mn=88&smn=88&type=p&sfx=buscaRapida" href="http://www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pmetabusca&mn=88&smn=88&type=p&sfx=buscaRapida" target="_blank" rel="noopener">Portal de Periódicos da CAPES</a> | <a title="http://132.248.9.1:8991/F/62HYUMN53T2AMJKQ8ETV4R1US2KV5XRXTTSMKVENPJ3DII1J3R-29484?func=find-b&request=cadernos+de+campo+s%C3%A3o+paulo&find_code=WRE&adjacent=N&local_base=CLA01&x=62&y=9&filter_code_1=WLN&filter_request_1=&filter_code_2=WYR&filter_request_2=&filter_code_3=WYR&filter_request_3=" href="http://clase.unam.mx/" target="_blank" rel="noopener">CLASE</a> | <a title="http://www.latindex.unam.mx/buscador/resBus.html?palabra=+%09Cadernos+de+Campo+%28S%E3o+Paulo.+1991&opcion=1&Submit=Buscar" href="https://www.latindex.org/latindex/ficha?folio=21896" target="_blank" rel="noopener">Latindex</a> | <a title="http://www.sumarios.org/revistas/cadernos-de-campo-revista-dos-alunos-de-p%C3%B3s-gradua%C3%A7%C3%A3o-em-antropologia-social-da-usp" href="https://sumarios.org/revista/cadernos-de-campo" target="_blank" rel="noopener">Sumários.org</a> | <a title="http://ulrichsweb.serialssolutions.com.ezproxy1.library.arizona.edu/title/1358913317751/219764" href="http://ulrichsweb.serialssolutions.com.ezproxy1.library.arizona.edu/title/1358913317751/219764" target="_blank" rel="noopener">Ulrich’s</a> | <a title="http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=2458&Itemid=109" href="http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=2458&Itemid=109" target="_blank" rel="noopener">Ibict-SEER</a></p>Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanaspt-BRCadernos de Campo (São Paulo - 1991)0104-5679<p>Autorizo a <strong>Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP)</strong> a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha,Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.<br><br>Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.<br><br>Atesto o ineditismo do trabalho enviado.</p>Kitseha: mídia indígena e eleições presidenciais de 2018 no Alto Xingu
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/184557
<p>O artigo analisa o processo de produção e circulação do videoclipe da música Kitseha, uma criação coletiva entre os autores do artigo e um grupo de jovens Kalapalo realizada na aldeia Aiha do povo Kalapalo (Território Indígena do Xingu, MT - Brasil). O vídeo foi feito como parte de uma estratégia para os Kalapalo se posicionarem durante as eleições presidenciais de 2018. Ao exibir o vídeo para a comunidade, um conflito geracional se instaurou. No entanto, o contexto eleitoral, o encontro com diferentes alteridades, a capacidade reflexiva das mídias indígenas e aspectos sociocosmológicos operaram para que a comunidade decidisse divulgar o vídeo. Partimos da hipótese de que esse processo, impulsionado pela capacidade de assimilação de diferenças dos povos ameríndios, fez com que elementos não indígenas passassem a transitar nas bordas da categoria nativa tradicional, atualizando a forma como os Kalapalo se representam.</p>Thomaz Marcondes PedroVeronica Monachini de Carvalho
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2022-12-302022-12-30312e184557e18455710.11606/issn.2316-9133.v31i2pe184557Desafíos de la docencia indígena en pandemia: reflexiones a partir de una encuesta virtual en 2020
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/189916
<p>A pandemia de Covid-19 impactou o cotidiano de todo mundo. Uma das medidas mais significativas foi o fechamento das escolas, que passaram da presencialidadepara a virtualidade. Nesse contexto, este artigo tem dois objetivos: por um lado, refletir sobre os desafios enfrentados pelos professores indígenas no ensino da língua Toba/Qom no âmbito da Educação Bilíngue Intercultural na província de Chaco (Argentina), na pandemia. Por outro lado, apresenta se a adaptação de uma estratégia metodológica (a pesquisa) a um ambiente digital, a fim de manter a continuidade no vínculo com nossos interlocutores durante o período de isolamento extremo. Este texto apresenta tanto as decisões metodológicas implícitas na concepção desta pesquisa, como alguns dos resultados obtidos sobre o ensino da língua indígena e o trabalho dos professores durante a pandemia.</p>Ana Carolina Hecht
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2022-12-292022-12-29312e189916e18991610.11606/issn.2316-9133.v31i2pe189916“Agora sei o que você faz, você conta histórias!”: notas etnográficas sobre um Diário de Campo Visual Público, alteridade, colonialidade e posicionalidade
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/191365
<p>Em 2019 surgiu a ideia de realizar um "Diário de Campo Visual Público". O objetivo inicial era abrir uma conta em uma rede social de compartilhamento de fotografias (<em>Instagram</em> – perfil @diariodecampovisual) e todos os dias postar uma fotografia. Em campo realizado no primeiro semestre de 2019, em Canto do Buriti – PI, sobre curso de vida, foram produzidas e compartilhadas 90 fotografias em 90 dias. Algumas pessoas passaram a acompanhar as fotografias na rede social, como professoras, moradoras da cidade, familiares, alunas, pesquisadoras, meios de comunicação e políticos. Novas perguntas emergiram além da intenção inicial de "compartilhar" ou "devolver" fotografias, mas de torná-las "públicas" em conjunto com a temporalidade da pesquisa com reflexões ainda iniciais sobre o campo, as parentes-interlocutoras e a antropologia num sentido amplo do termo. Esse artigo se propõe a fazer uma reflexão do artesanal processo de realizar um "Diário de Campo Visual Público" na internet e seus dilemas, controvérsias, benesses, limites e potencialidades.</p>Ana Clara Damásio
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2022-12-292022-12-29312e191365e19136510.11606/issn.2316-9133.v31i2pe191365“Para que haya cada vez menos en ese altar”: Repertorios públicos de duelo por un transfemicidio en la ciudad de Córdoba, Argentina
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/199966
<p>Neste texto proponho uma abordagem ao tratamento público e colectivo do luto por um transfemicídio ocorrido em 2017 na cidade de Córdoba (Argentina), com ênfase em algumas das mobilizações promovidas pela organização ATTTA (Asociación de Travestis, Transexuales y Transgéneros de Argentina). De uma abordagem etnográfica, tratarei de ações que começaram com a exigência de justiça e a criação de altares no quadro de uma celebração/homenagem, continuaram com ações de visibilidade para outros homicídios ou episódios de violência e, finalmente, foram complementadas com a exigência de leis abrangentes que prevejam a inclusão, quotas laborais e reparações históricas para as pessoas trans e travestis.</p>María Daniela Brollo
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2022-12-292022-12-29312e199966e19996610.11606/issn.2316-9133.v31i2pe199966“Favor a gente não cobra, né?”: Redes de solidariedade na fronteira de Ponta Porã (BR) e Pedro Juan Caballero (PY)
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/195103
<p>As regiões caracterizadas pela cisão de limites físicos e simbólicos, as chamadas fronteiras, congregam em si uma diversidade de fenômenos socioculturais dos mais significativos; notadamente para se pensar as tramas relacionais que têm lugar nesses espaços. O artigo aborda questões pertinentes ao acesso aos serviços de saúde pública na fronteira, por meio do SUS, de Ponta Porã/ BR e Pedro Juan Caballero/ PY por parte de pessoas indocumentadas. A análise centra-se em categorias específicas, como documentados/ indocumentados, dádivas/ contradádivas, solidariedade/ renúncia e amizade/ inimizade. Os dados etnográficos foram obtidos em trabalho de campo realizados nas cidades de Ponta Porã/BR e Pedro Juan Caballero/PY e compreendem os meses de junho e julho de 2016, junho de 2017 e agosto de 2018. Conclui-se que as redes de solidariedade que funcionam na fronteira Brasil/ Paraguai, operacionalizadas pelas dádivas e contradádivas, são imprescindíveis para o acesso da população local, tanto brasileiros quanto paraguaios, aos serviços de saúde prestados pelo SUS.</p>Valdir Aragão do NascimentoÁlvaro Banducci Júnior
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2022-12-292022-12-29312e195103e19510310.11606/issn.2316-9133.v31i2pe195103Casa Bamba: Ancestralidade, resistência e memória coletiva em um povoado de Córdoba, Argentina
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/195753
<div>Casa de Bamba é um local na Argentina em uma área serrana da província de Córdoba. Deve o seu nome a um relato baseado na provável presença de uma pessoa escravizada fugida chamada Bamba, que segundo as diversas narrativas teria residido numa caverna demolida no final de 1800 para abrir caminho ao trem. No presente artigo se indaga sobre a a denominação deste lugar, analisando alternativas impensáveis para o discurso hegemônico tais como a existência de quilombos na Argentina. Levanto também, a necessidade de refletir a partir do presente, integrando os debates que se desenvolvem no Brasil acerca da ressemantização na palavra quilombo, amplamente usada neste país e de uso cotidiano na</div> <div>Argentina, para considerar uma das dimensões do território e sua relação com algumas categorias recentes, como “comunidade ancestral”, utilizada por uma parte dos habitantes de Casa Bamba para caracterizar seu povo.</div>Guido Andrés Negruzzi
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2022-12-292022-12-29312e195753e19575310.11606/issn.2316-9133.v31i2pe195753As pesquisas de Max Schmidt sobre as dinâmicas de expansão Arawak
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/203614
Milena Suárez Mojica
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2023-01-122023-01-12312e203614e20361410.11606/issn.2316-9133.v31i2pe203614Vencendo demanda! Rita Segato e algumas reflexões sobre a colonialidade do poder no campo da Antropologia
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/203575
<p>O livro de Segato, como bem sintetizado no título, reúne oito ensaios produzidos pela professora em diferentes momentos de sua carreira. Nessa edição, as leitoras e leitores contam também com um prefácio pensado para o Brasil junto à introdução, intitulada “Colonialidade do poder e antropologia por demanda”, seguida dos ensaios. Assinalamos também que a obra conta com uma nota produzida pelas tradutoras: Danú Gontijo e Danielli Jatobá.</p>Yérsia Souza de AssisLarisse Louise Pontes Gomes
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2022-12-292022-12-29312e203575e20357510.11606/issn.2316-9133.v31i2pe203575A alegria negra é guerreira: o dia que a Unicamp aprovou as cotas
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/203641
Rafaela KennedyBruno Nzinga Ribeiro
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2022-12-292022-12-29312e203641e20364110.11606/issn.2316-9133.v31i2pe203641A caixa de ferramentas de Jeanne Favret-Saada
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/204447
<p>Jeanne Favret-Saada constrói um plano metodológico inteiramente novo na antropologia que reconhecemos nas dobras de seus textos várias linhas de criação e diferentes ideias-ferramentas que podem ser experimentadas por outros/as praticantes da pesquisa na antropologia. Como uma caixa de ferramentas, seus textos oferecem, mais do que pontos de apoio, linhas de derivação e flutuação que apontam caminhos para criação etnográfica.</p> <p>A ideia de traduzir esses três artigos de Jeanne Favret-Saada surgiu da nossa compreensão comum sobre a importância de seu modo de fazer e de conceber a antropologia que a autora propagou na disciplina e que fertilizou nossos respectivos trabalhos. A nossa proposta de trazer esses três textos para os/as leitores/as da Cadernos de Campo nasce de um desejo de que sua obra –profundamente original e provocadora– seja mais conhecida do público brasileiro.</p> <p>Os artigos são elaborações mais recentes em que a autora retoma três momentos de sua obra: pesquisa etnográfica sobre feitiçaria, pesquisa com material de imprensa sobre polêmicas públicas religiosas e pesquisa em arquivos da Igreja Católica. Nas transições das questões intelectuais de cada artigo, podemos ver as ferramentas criadas por Jeanne Favret-Saada.</p>Suzane de Alencar VieiraCecília Campello do Amaral MelloClara Flaksman
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2022-12-292022-12-29312e204447e20444710.11606/issn.2316-9133.v31i2pe204447O desenfeitiçamento em Bocage sem distrações conceituais
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/204407
<p>Gostaria, portanto, de compartilhar com vocês minha experiência - uma etnografia praticada em meu próprio país - para questionar noções que vocês comumente usam, como "cultura" ou "tradição", ou para examinar a questão dos "marcadores simbólicos" da função de desenfeitiçador, que, segundo a teoria antropológica, seriam indispensáveis. Este exercício nos levará a realizar o trabalho comparativo que vocês esperam de mim e a questionar as posições a partir das quais falamos dos outros como antropólogos. Termino com a noção de "crença", termo que, de minha parte, bani do meu vocabulário porque evoca a adesão dos outros a certas ontologias, deixando na sombra aquilo a que nós mesmos aderimos como, por exemplo, uma concepção particular de ser humano. Examinarei a forma como são apresentados em minha etnografia em Bocage, em primeiro lugar, o conceito de tradição em sua relação com o conceito de território; em seguida, a suposta necessidade de "marcadores simbólicos" para a função do desenfeitiçador; e, por fim, o conceito de cultura, que nos fará reconsiderar o uso da noção de crença na antropologia e talvez na medicina.</p>Jeanne Favret-SaadaSuzane de Alencar Vieira
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2022-12-292022-12-29312e204407e20440710.11606/issn.2316-9133.v31i2pe204407Força e violência das palavras
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/204416
<p>A obra de Jeanne Favret-Saada é consagrada ao estudo dos efeitos sociais da anunciação de três termos particulares, em campos muito díspares: <em>feiticeiro</em>, <em>judeu</em> e <em>blasfemo</em>. Elas funcionam dentro de dispositivo acusatório pré-existente à sua enunciação, cuja elucidação é o objeto desta antropologia: a atualização de suas convicções implícitas permite identificar as condições de felicidade dos enunciados, o que permite o sucesso ou fracasso de uma acusação.</p>Jeanne Favret-SaadaCecilia Campello do Amaral Mello
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2022-12-292022-12-29312e204416e20441610.11606/issn.2316-9133.v31i2pe204416 Uma distinção imprecisa: Anti-Judaísmo e anti-Semitismo (Um excerto de Le Judaisme et ses Juifs)
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/204444
<p>Contribuições acadêmicas sobre a responsabilidade das Igrejas no extermínio dos Judeus durante a Segunda Guerra Mundial contrastam o “anti-Semitismo” Nazista (a aversão pelos Judeus como um grupo racial) com o “anti-Judaísmo” Cristão (a aversão cristã pela religião judaica), da mesma forma que poderíamos opor o novo ao antigo, o moderno ao tradicional, o político ao religioso, ciência à tecnologia. A autora mostra, usando quatro exemplos (León Poliakov, Hannah Arendt, Colette Guillaumin, Thomas Nipperdey & Reinhard Rürup), que essa discussão nos leva a ignorar as ações das igrejas no processo que levou da invenção do termo anti-Semita em 1879 à destruição dos Judeus pelos Nazistas.</p>Jeanne Favret-SaadaClara Flaksman
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2022-12-292022-12-29312e204444e20444410.11606/issn.2316-9133.v31i2pe204444Ações Afirmativas e Políticas Reparatórias: Avanços e Desafios
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/205161
<p>Ao apresentar as políticas de ações afirmativas e a atuação da Comissão de Heteroidentificação na Universidade Federal de Goiás (UFG), buscamos alcançar neste ensaio algumas reflexões críticas sobre o racismo estrutural e institucional que lança mão de dispositivos de racialidade para assegurar privilégios de raça no acesso à universidade e na sociedade como um todo. Ainda que possam ser identificados avanços consideráveis na aplicação das políticas reparatórias nas universidades, os desafios postos ainda são grandes devido à capacidade de atualização e de sofisticação do racismo à brasileira.</p>Luciana de Oliveira Dias
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2022-12-292022-12-29312e205161e20516110.11606/issn.2316-9133.v31i2pe205161Avanços e desafios do primeiro quinquênio das Ações Afirmativas do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/206190
<p>O artigo apresenta um quadro das iniciativas realizadas no âmbito da política de ações afirmativas no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS/USP) desde 2017. O texto retoma as principais ações institucionais e estudantis realizadas nos últimos 5 anos e apresenta, em maiores detalhes, os resultados obtidos pela 1ª Pesquisa CoPAF, um estudo sobre a forma como discentes e docentes têm encarado a política de ações afirmativas. Por fim, o artigo apresenta e discute avanços e alguns desafios que ainda precisam ser enfrentados para garantir a continuidade e o amadurecimento institucional e político das ações afirmativas do PPGAS/USP e a projeção de uma maior democratização da pós-graduação na instituição.</p>Amanda Gabriela Jesus AmparoFelipe Gabriel OliveiraJoaquim Pereira de Almeida NetoMarina Oliveira Barbosa
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2022-12-292022-12-29312e206190e20619010.11606/issn.2316-9133.v31i2pe206190"Onda negra, medo branco”: O Coletivo Zora (PPGAS/UnB), suas histórias, lutas e perspectivas
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/203402
<p>Esse ensaio é um apanhado histórico e uma reflexão sobre o cenário sociopolítico dos últimos anos, no que tange à proposição e efetivação das políticas de ações afirmativas, partindo da perspectiva de um coletivo de pessoas negras: o Coletivo Zora Hurston. São explicitados o contexto histórico de criação do Coletivo e as ações desenvolvidas pelas integrantes – atuais e anteriores – para efetivar as política de ações afirmativas, as quais, embora sejam direitos definidos e resguardados por lei, necessitam de atitudes antirracistas para se efetuarem. Desde 2017, o Coletivo tem atuado de forma permanente para defender e ampliar as políticas afirmativas, se construído também como espaço de produção de conhecimento antirracista e pluriepistêmico.</p>Juliana Silva ChagasAna Clara Sousa Damásio dos SantosFlávia de Freitas CabralJosé Lidomar Nepomuceno de SousaVinícius Venancio
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2022-12-292022-12-29312e203402e20340210.11606/issn.2316-9133.v31i2pe203402A Unicamp precisa falar sobre cotas: sujeitos, movimentos e disputas
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/203122
<p>No último decênio (2012-2022), vimos os resultados das primeiras experiências das cotas em universidades públicas, consolidadas pela lei n. 12.711 que instituiu a reserva de vagas em instituições federais de ensino superior. Paralelamente, acompanhamos uma grande resistência das universidades estaduais paulistas às cotas e a defesa de uma “inclusão por mérito”. Neste contexto, revisitamos as trajetórias do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp (NCN), organização de estudantes negros que completa 10 anos de existência em 2022, a história do Núcleo de Estudos Negros (NEN), grupo pioneiro na ação coletiva de estudantes negros nos anos 2000, e o “Grupo de Estudos de Feminismos Negros”, iniciativa dos primeiros pós-graduandos cotistas, em 2016. Por fim, discutimos a luta pelas ações afirmativas na Unicamp, mais notadamente o processo de greve que culminou na criação das cotas raciais e do Vestibular Indígena, e a emergências de novas demandas e reivindicações de outros grupos sub-representados.</p>Bruno Nzinga RibeiroTayná Victória de Lima MesquitaStephanie Pereira de Lima
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2022-12-292022-12-29312e203122e20312210.11606/issn.2316-9133.v31i2pe203122Nean Oju Obá: enfrentamentos e aquilombamento de estudantes negras(os) da Universidade Federal da Paraíba
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/203132
<p>Este artigo apresenta as articulações de estudantes e egressos negros(as) dos cursos de Antropologia e Ciências Sociais, assim como da pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba e discute as relações étnico-raciais, racismos, identidade e seus efeitos sobre a dinâmica do campo científico da antropologia. O debate parte da atuação do coletivo Nean Oju Obá para garantir o ingresso de candidates negres na Pós-Graduação em Antropologia por meio do Curso Negritudes na Pós. Em suma, o Coletivo forma um espaço de resistência e aquilombamento, na defesa de direitos e combate aos racismos, sobretudo, o racismo institucional.</p>Rosiane Trabuco OliveiraJoão Vítor VelameWeverson Bezerra SilvaUliana Gomes da SilvaAna Margarida Andrade SantosMarina Prado Santiago
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2022-12-292022-12-29312e203132e20313210.11606/issn.2316-9133.v31i2pe203132Itéramãxe: Um coletivo-quilombo que acredita em universidades mais plurais
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/202987
<p>Nas últimas década, as universidades públicas de todo o Brasil, tem implementado políticas de ações afirmativas em seus processos seletivos de pós-graduações. O que tem possibilitado uma nova cara a esses cursos, contudo, este processo ainda é estranho a muitos deles, pois questões como construção de projetos e o domínio de línguas estrangeiras são os primeiros entraves deste acesso. Com a chegada de novos alunos, surge também novas formas de ampliar a possibilidade de ingresso de tais grupos. Este artigo pretende contribuir e apresentar uma proposta real de democratização do conhecimento e do acesso pleno de grupos minoritários aos cursos de pós-graduação. Portando este artigo relata o surgimento, as inquietações, os processos metodológicos, e os resultados do Coletivo Itéramãxe, que visa através de um programa de mentorias circulares, orí-entar e preparar alunas e alunos aos processos seletivos.</p>Amanda Silva de PaulaAlessandra Nogueira Lucio
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2022-12-292022-12-29312e202987e20298710.11606/issn.2316-9133.v31i2pe202987Carolina Maria de Jesus vive em nós: Reflexos e reflexões dos 10 anos de cotas da Unilab, Ceará
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/206786
<p>O trabalho traz contribuições e reflexões acerca dos dez anos de cotas e seus múltiplos desdobramentos na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Tais diálogos ocorrem a partir das produções (filme, poesias, artigos e roda de conversa) das autoras influenciadas por Carolina Maria de Jesus e seu modo de utilizar a escrita como forma de denunciar as diversas fomes a qual foi submetida. Os debates sobre a importância das cotas, desdobramentos, desafios e perspectivas no ensino superior são pautas latentes no dia a dia dos estudantes unilabianos, em particular, no cotidiano das autoras que atuam em diversas frentes como: Movimento Negro, Movimento Quilombola e nos grupos de estudo e pesquisas ao qual estão inseridas. Assim, nós, Carolinas, também utilizamos as nossas escritas-denúncias como forma de luta e resistência para enfrentar e combater as desigualdades, alimentadas pelo modo operante do epistemicídio em nossas vidas.</p>Ana Maria Eugenia da SilvaGeyse Anne Souza da SilvaDayane da Silva Moreira
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2023-01-242023-01-24312e206786e20678610.11606/issn.2316-9133.v31i2pe206786Modos Kaiowá de fazer e transformar a Universidade: entrevista com Izaque João
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/206370
Izaque JoãoJosé Batista Franco Junior
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2022-12-292022-12-29312e206370e20637010.11606/issn.2316-9133.v31i2pe206370Ocupação e permanência Kura-Bakairi na Universidade: entrevista com Eric Timoteo Iwyrâkâ Kamikiawa
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/206371
Eric Timoteo Iwyrâkâ KamikiawaJosé Batista Franco Junior
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2022-12-292022-12-29312e206371e20637110.11606/issn.2316-9133.v31i2pe206371Os coletivos universitários não brancos e a nova universidade brasileira: Avaliando os 10 anos de lei de cotas no Brasil
https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/207073
<p><span style="font-weight: 400;">É com grande satisfação que apresentamos o segundo número do volume 31 da Revista Cadernos de Campo, a revista das alunas e dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS/USP). Uma publicação semestral que traz contribuições ao campo da antropologia desde 1991. Neste volume, apresentamos o dossiê “Ações afirmativas e políticas do conhecimento: avaliando 10 anos da lei de cotas nas universidades públicas brasileiras” organizados por José Batista Franco Junior e Thiago de Lima Oliveira. Os editores convidaram coletivos e grupos de estudantes não brancos, organizados para refletir sobre sua trajetória e as estratégias adotadas para monitorar, promover e ampliar o ingresso e permanência de pessoas negras e indígenas em suas interseccionalidades. Os trabalhos compilados neste dossiê comemoram e refletem sobre os avanços em termos de inclussão na universidade pública, a partir de uma posição crítica que analisa o contexto onde se dão essas políticas, observando o que pode ser feito para avançar no acesso e na permanência de estudantes negros e indígenas, com ênfase na Antropologia. Como resultados, foram produzidos artigos e ensaios originais, bem como um texto para seção Conjuntura, um ensaio fotográfico para a seção Quimeras e duas entrevistas sobre a temática.</span></p>Diana Paola Gómez MateusJoão Victtor Gomes Varjão
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2023-01-242023-01-24312e207073e20707310.11606/issn.2316-9133.v31i2pe207073