Campo, gênero e academia: notas sobre a experiência de cinco mulheres brasileiras na Bolívia

Autores

  • Caroline Cotta de Mello Freitas Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP)
  • Rafaela N. Pannain Centro Brasileiro da Análise e Planejamento (CEBRAPE)
  • Heloisa M. Gimenez Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
  • Sue Iamamoto Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Aiko Ikemura Amaral University of Essex CAPES

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v26i1p348-369

Palavras-chave:

trabalho de campo, gênero, machismo, Bolivia, pesquisadoras mulheres.

Resumo

Neste artigo, apresentamos um debate sobre a relação entre gênero e trabalho de campo, formulado a partir de nossas experiências na Bolívia e buscando consolidar uma crítica ao machismo na academia. Com trajetórias disciplinares distintas (antropologia, ciência política, relações internacionais e sociologia), apresentamos relatos sobre como ser mulher marcou diversos momentos da nossa pesquisa, desde escolhas de lugares nos quais trabalhar e nossos acompanhantes durante o campo a que fontes iríamos consultar. O ponto central deste trabalho é o entendimento de que a suposta “neutralidade acadêmica” vigente, que tem o masculino como norma, ignora o assédio e a violência sexual como problemas do campo e da produção acadêmica como um todo, isolando-os como problemas da mulher. Pretendemos, assim, contribuir com o desenvolvimento de um léxico comum que permita a outras mulheres pesquisadoras abordar suas problemáticas em campo sem se sentirem menos capazes ou marcadas por sentimentos de culpa e vergonha.

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Publicado

2018-06-19

Edição

Seção

Especial

Como Citar

Campo, gênero e academia: notas sobre a experiência de cinco mulheres brasileiras na Bolívia. (2018). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 26(1), 348-369. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v26i1p348-369