“A gente não faz mais guerra, agora a gente está pensando": xamanismo e educação escolar entre os Maxakali

Autores

  • Marina Guimarães Vieira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v19i19p135-150

Palavras-chave:

Maxakali, Guerra, Xamanismo, Ritual, Escola

Resumo

O objetivo deste ensaio etnográfico é descrever algumas formas de relação dos Maxakali com a alteridade. O contato com os brancos é analisado em continuidade com a relação dos Maxakali com os inimigos e os espíritos. Guerra e ritual são compreendidos como diferentes momentos de um mesmo processo de predação e subsequente domesticação de potências exteriores necessárias à constituição do socius maxakali. Analiso a relação entre saber xamânico e educação escolar, sugerindo que, assim como os cantos rituais são usados para pacificar os espíritos, a escrita é usada para pacificar os brancos. A guerra – cuja prática tornou-se hoje praticamente impossível – é então atualizada no plano da cosmologia, do pensamento, nos contextos do ritual e da escola.

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Biografia do Autor

  • Marina Guimarães Vieira, Universidade Federal do Rio de Janeiro
    Doutoranda em Antropologia Social / MN-UFRJ

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Publicado

2010-03-30

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

“A gente não faz mais guerra, agora a gente está pensando": xamanismo e educação escolar entre os Maxakali. (2010). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 19(19), 135-150. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v19i19p135-150