Foucault (parcialmente) vindicado no Brasil central: sexualidade como um dos fundamentos da vida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v24i24p427-440Palavras-chave:
Mebengokre-Kayapó, sexualidade, gênero, aliança matrimonialResumo
Ao se conviver com os Mebengokre (também conhecidos como Kayapó, de língua Jê), a presença da sexualidade permea todo o ambiente. É um dos assuntos favoritos das conversas e uma das fontes preferidas de prazer. No
entanto, já em meados da década de 1990, os homens censuraram minhas conversas com as mulheres sobre sexualidade, designando-as como “fofoca” – inútil para fomentar projetos ou obter empregos. Em um curso para formação de professores bilíngues, em 2009, fui censurada novamente, desta vez por introduzir a questão da homossexualidade, sob a alegação de ser este um assunto de “branco”. A sexualidade Mebengokre já suscitou questões fantasiosas, como a figura da “especialista sexual paga”, algo que reverberou na literatura internacional. Após meio século de referências esparsas a respeito da sexualidade Mebengokre, permanece a indagação sobre a possibilidade de abordá-la fora da perspectiva do exotismo.
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Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha,Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
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Atesto o ineditismo do trabalho enviado.